Uma eventual atuação direta dos Estados Unidos no Oriente Médio tem potencial de agravar o conflito entre Israel e Irã.
A avaliação é feita à CNN por diplomatas brasileiros, para os quais o ideal é que o presidente Donald Trump continue a tratar o episódio como uma crise regional.
O receio é de que, ao atuar diretamente no conflito armado, os Estados Unidos envolvam, mesmo de forma indireta, potências como Rússia ou China
Essas mesmas fontes temem que Estados Unidos repetiam o roteiro de 2003, quando um vácuo no poder no Iraque acabou, sob a ótica de muitos, acabou fortalecendo movimentos terroristas.
O presidente americano abandonou nesta segunda-feira (16) o encontro do G7 e defendeu a evacuação da capital iraniana. Os dois movimentos criaram apreensão sobre a possibilidade de atuação direta dos Estados Unidos no conflito armado.
O Irã sinalizou a disposição em negociar um cessar-fogo, mas contanto que os Estados Unidos não participem da negociação. Trump já defendeu que a Rússia atue para evitar uma escalada do conflito.
Sem Trump, os demais países do G7 defendem que o encontro produza um documento final que faça críticas tanto a Israel quanto ao Irã, em defesa de um cessar-fogo imediato.
A expectativa é de que nesta terça-feira (17) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifeste pela primeira vez em publico sobre o conflito armado entre Israel e Irã.