A etapa de depoimentos do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros ex-integrantes do governo, nesta semana, será decisiva para a Procuradoria Geral da República analisar se pede acareação de envolvidos no processo.
Na avaliação de integrantes da PGR, ouvidos pela CNN, não há necessidade.
As últimas semanas foram importantes para avaliar contradições de testemunhas como os ex-comandantes Freire Gomes, do Exército, e Carlos Baptista, da Aeronáutica.
Na avaliação de membros da equipe da PGR, é legítimo que as defesas dos réus reivindiquem o confronto cara a cara com testemunhas de acusação. Eles observam que a investigação segue por outro caminho e, muito além da prova testemunhal, se fundamenta no cruzamento de informações com provas materiais como mensagens e documentos.
Um dos subprocuradores resumidamente disse à CNN que dificilmente um depoente volta atrás em suas considerações mesmo com toda pressão de uma acareação. Outro membro da PGR manifestou que não há interesse em embarcar em nenhuma ideia que possa prolongar os dias da ação penal sem uma sentença.
Há expectativa de que as primeiras condenações dos mandantes do 8/1 sejam conhecidas neste ano.