Janeiro é o mês da campanha Janeiro Roxo, que promove a conscientização sobre a hanseníase, uma doença infectocontagiosa que afeta os nervos e a pele e, se não for tratada precocemente, pode deixar sequelas e causar incapacidade. Em Gurupi, a Secretaria de Saúde, por meio do SUS, oferece tratamento gratuito para quem tem a doença.
Atualmente 38 pessoas estão em tratamento na rede Municipal de Saúde em Gurupi. E para intensificar as ações de conscientização, durante esse mês o Programa de Hanseníase da Policlínica realizará uma ação de busca ativa de pessoas com sintomas da doença em três regiões de Gurupi. O objetivo, como explicou a coordenadora do programa, Clésia Monteiro, é promover, além da conscientização, o diagnóstico precoce da doença, que muitas vezes pode ser confundida com outras patologias, como vitiligo e pitiríase versicolor, mais conhecido como “pano branco”.
“Essa busca ativa será realizada nos bairros atendidos pelas unidades de Saúde Sol Nascente, Sevilha e Clara Mota, são regiões que estão mais silenciosas, ou seja, não tem aparecido casos, então vamos intensificar as ações de orientações, de como identificar a doença e vamos orientar os agentes de Saúde para realizarem esse trabalho”, afirmou a coordenadora.
No dia 05 de fevereiro também será realizada uma ação no setor Industrial.
Tratamento
A médica do Programa de Hanseníase, Lívia Cavalcante, explica que a hanseníase tem cura e o tratamento pode ser realizado gratuitamente, mas para isso o diagnóstico precoce é fundamental para tratar, evitar sequelas graves e impedir a transmissão, que acontece de pessoa para pessoa pela via respiratória.
” Os principais sintomas são o surgimento de manchas avermelhadas ou mais claras com alteração de sensibilidade, ou seja o paciente não vai sentir nada no local da mancha, fica dormente a região, se não tratada pode causar sequelas irreversíveis. Se tiver algum sintoma, procure sua Unidade de Saúde e agende uma consulta para avaliação. O tratamento é simples e feito com medicações fornecidas gratuitamente pelo SUS”, destacou a médica.
Grupo de apoio e autocuidado
Além do tratamento, realizado nas Unidades de Saúde e na Policlínica, tem também um grupo de apoio para os pacientes que estão em tratamento e familiares. “Onde eles podem tirar dúvidas e se sentirem acolhidos também, pois a hanseníase é uma doença que tem muito estigma e até pelo próprio paciente. Então toda quinta-feira de cada mês, trazemos um profissional na Policlínica para orientar sobre temas como o cuidado com a pele, os direitos do paciente, e outros assuntos pertinentes”, ressaltou Clésia Monteiro.