A parceria do Sebrae com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA/Senar), por meio do programa Juntos pelo Agro, será expandido internacionalmente com apoio do Agro.BR, projeto da CNA com a Apex-Brasil.
O anúncio foi feito nessa terça-feira (3), durante o 2º Encontro de Dirigentes do Sistema Sebrae, com a presença da diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori.
Ela explicou que o Agro.BR é uma ação desenvolvida há quatro anos com a Apex-Brasil, promovendo o apoio à internacionalização de pequenos e médios produtores rurais de cadeias não-tradicionais da pauta de exportação brasileira.
“Você tira soja, grãos, carne bovina e algodão e o que sobra é o que tem nosso apoio”, esclareceu. Segundo ela, 75% dos produtores estão nas cadeias de frutas, mel e café.
A diretora da CNA ainda acrescentou que já são 1,5 mil agricultores atendidos pelo Agro.BR.
“Hoje, o Brasil tem apenas 28,5 mil empresas exportadoras. No caso das micro e pequenas, são pouco mais de 11 mil. Isso é muito pouco e por isso precisamos juntar forças. Por outro lado, temos 5 milhões de produtores rurais no Brasil”, ressaltou.
De acordo com o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, o Juntos pelo Agro tem sido ampliado aos poucos – tanto em número de estados quanto de setores – com foco, essencialmente, em produtividade, gestão e mercado.
“É uma metodologia bem flexível que pode ser aplicada por todos os estados, inclusive naqueles que já têm iniciativas em andamento em parceria com a federação de agricultura.” Bruno Quick, diretor-técnico do Sebrae Nacional.
Quick ressaltou que os produtos do agro com valor agregado são os que estão mais facilmente ganhando o mundo. Ele chamou atenção para a potência das Indicações Geográficas brasileiras.
“É uma grande janela de oportunidade com uma abordagem estratégica nessa atuação integrada”, afirmou.
O presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, por sua vez, aproveitou para reforçar a importância de criar sinergias entre as entidades que protagonizam o processo da economia brasileira.
“Temos que mudar a concepção do agronegócio porque a agricultura familiar e o sistema cooperativista estão na base do setor. Eu acredito que essa arrancada com a CNA e Apex-Brasil vai agregar valores.” – Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional.
Para a diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Margarete Coelho, a participação dos pequenos negócios nas exportações não condiz com representatividade do segmento no Brasil.
“Quando olhamos para a balança de exportação é 0,01%. Isso diz muito sobre o tamanho desta ação formalizada aqui hoje.” – Margarete Coelho, diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional. (Assessoria de Imprensa do Sebrae Tocantins)