Uma nova reunião para finalizar a discussão sobre a revisão de gastos planejada pelo governo federal foi marcada para acontecer nesta sexta-feira (8), a partir das 14h.
Nesta quinta-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, além dos outros ministros envolvidos na discussão, ficaram reunidos por um total de seis horas.
Foram duas reuniões. Além de Lula e Haddad, participaram do encontro da manhã os ministros: Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão), que fazem parte da Junta de Execução Orçamentária (JEO).
A reunião que aconteceu de tarde contou com a presença do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e dos ministros Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde), Luiz Marinho (Trabalho), Paulo Pimenta (Secom), além dos membros da JEO.
Haddad cancelou viagem prevista para São Paulo, que aconteceria nesta sexta, e decidiu ficar em Brasília para finalizar as tratativas sobre o assunto.Play Video
Essa é a segunda agenda cancelada por Haddad. No último domingo (3), após pedido de Lula, o chefe da Fazenda cancelou reuniões que teria na Europa.
Segundo fontes ouvidas pela CNN, a reunião desta sexta deve ser a última para tratar do assunto, ao menos entre os integrantes do Executivo. Isso não quer dizer, no entanto, que o anúncio ocorrerá logo após o encontro.
As aguardadas medidas serão enviadas ao Congresso Nacional, na forma de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e de um projeto de lei complementar.
Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devem ser ouvidos antes de qualquer anúncio.
Esse adiamento constante dos anúncios tem causado ruídos no mercado, que vê uma demora excessiva por parte do governo federal.
Pressionado pelo setor, Haddad havia afirmado que o anúncio do pacote de revisão deveria acontecer nesta semana.
“Pelo nível de decisão, é uma conversa muito simples. A conversa com o Congresso será definida amanhã com o presidente Lula. São dois detalhes que precisamos discutir”, disse ao deixar o Ministério da Fazenda na última quarta-feira (6).