O avanço da colheita no Brasil tem direcionado os preços do café arábica na bolsa de Nova York e agora o grão recua 0,54%, a US$ 3,3975 a libra-peso.
“Nos últimos dias, diminuíram as preocupações com o clima, que virou pauta constante no mercado. Havia o receio de que a massa polar presente no Sul pudesse afetar áreas cafeeiras no Sudeste, o que não se confirmou”, disse ao Valor Leonardo Rossetti, analista de inteligência de mercado da StoneX.
Como já alertado pelo analista, as variações climáticas seguirão no radar dos investidores, já que uma nova massa de ar polar deve atingir o país entre os dias 10 e 11 de junho. Mas os preços podem se manter em um canal de queda, olhando para o bom andamento da safra brasileira.
“No ano passado nós tínhamos a presença do fenômeno El Niño, que não deixou que as massas de ar frias avançassem até o Sudeste. Esse não há a presença do fenômeno, mas se não houver risco de geada, a continuidade da colheita abre espaço para o preço do café cair ainda mais”, pontuou.
Já os preços do cacau sobem 0,74% depois de terem aumentado 7,18% na sexta-feira e 10% em maio. A cotação agora é de US$ 9.225 a tonelada.
A valorização reflete a falta de chuvas na Costa do Marfim e em Gana, os dois principais produtores globais da amêndoa. O receio do mercado é de que essa condição de clima prejudique o desempenho da colheita da safra intermediária, que vai de abril até setembro.
O açúcar sobe 1,06%, a 17,23 centavos de dólar a libra-peso. E o algodão, 0,74%, a 67,94 centavos de dólar a libra-peso.