Clube de Ronaldo na Espanha, o Real Valladolid emitiu uma nota, nesta quarta-feira (22), detonando o Manchester City-ING pela postura na negociação envolvendo o zagueiro Juma Bah, de 18 anos.
Segundo o clube espanhol, o City aconselhou o jovem atleta a não aceitar propostas que elevariam os custos de uma eventual negociação, além de pagar do próprio bolso o valor de uma multa rescisória para ficar livre no mercado.
O Valladolid afirmou que vai “recorrer às jurisdições jurídicas e desportivas” para defender os interesses. O jogador não se pronunciou, tampouco o Manchester City.
“O clube considera que por trás da decisão do Jogador está o Manchester City, pertencente ao City Football Group, que parece ter aconselhado o jogador a adotar este caminho que coloca o Real Valladolid numa situação indefesa, depois de ter rejeitado recentemente ofertas financeiras de valor superior”, diz em parte da nota (leia na íntegra no final do texto).
“Ainda mais quando o jogador que se encontra no período legalmente protegido da fase juvenil e, que nos últimos tempos se recusou a assinar a licença de jogador da equipe de categoria superior, uma vez que isso implicava aumento automático de sua cláusula de rescisão”, completa.Play Video
De acordo com o jornal espanhol “Marca”, a multa gira em torno do valor de 6 milhões de euros (cerca de R$ 37 milhões na cotação atual). Caso o atleta aceitasse a proposta do Valladolid, a multa subiria para 30 milhões de euros (cerca de R$ 188 milhões).
Juma Bah realizou 13 jogos pelo Valladolid. O atleta foi contratado por empréstimo do AIK Freetown, de Serra Leoa, e o clube espanhol exerceu a opção de compra prevista no acordo.
O Valladolid está na lanterna e luta contra o rebaixamento no Campeonato Espanhol após 20 jogos. A equipe tem 15 pontos, cinco a menos que o Alavés, primeiro clube fora da zona de rebaixamento.
Leia a nota na íntegra:
“Abdulai Juma Bah e seu agente informaram ontem à tarde ao Real Valladolid sua intenção de romper unilateralmente o contrato que une ambas as partes. Anteriormente, na mesma tarde de ontem (21), o Manchester City enviou um comunicado solicitando que o Real Valladolid abrisse negociações para o jogador para uma possível permanência permanente transferência.
Hoje, o serra-leonês decidiu não se apresentar ao trabalho para o treino matinal. Por todas estas razões, o clube responsabiliza o jogador de futebol pelo incumprimento de seus compromissos contratuais e solicitou ao seu departamento jurídico que iniciasse ações disciplinares a esse respeito. O clube considera que por trás da decisão do Jogador está o Manchester City, pertencente ao City Football Group, que parece ter aconselhado o jogador a adotar este caminho que coloca o Real Valladolid numa situação indefesa, depois de ter rejeitado recentemente ofertas financeiras de valor superior.
Ainda mais quando o jogador que se encontra no período legalmente protegido da fase juvenil e, que nos últimos tempos se recusou a assinar a licença de jogador da equipe de categoria superior, uma vez que isso implicava aumento automático de sua cláusula de rescisão. Ontem alertou as três partes de toda esta situação através de diferentes requisitos, alertando-as para as possíveis consequências dos seus atos.
Juma Bah chegou no verão passado por empréstimo do AIK Freetown. O contrato de empréstimo com o clube serra-leonês terminou a 30 de junho desta temporada e incluía uma cláusula para o Real Valladolid exercer uma opção de compra, cláusula que a entidade Blanquivioleta exerceu a 1° de janeiro para que os direitos federativos do zagueiro pertençam para Pucela sob um novo contrato de maior duração e com melhores condições.
A intenção do jogador, supostamente apoiada e orientada pelo Manchester City e pelo seu agente, causou grande desilusão e indignação no Real Valladolid, que recebeu Juma Bah de braços abertos e deu-lhe a oportunidade de uma vida. A Real Federação Espanhola de Futebol acaba de confirmar que o jogador depositou o valor pela rescisão unilateral do contrato. Neste sentido, o Real Valladolid informa que se reserva o direito de recorrer às jurisdições jurídicas e desportivas competentes para exercer os seus direitos e defender os seus interesses.”