Integrantes da Polícia Federal (PF) ligados à investigação sobre o suposto plano de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder afirmam que novos depoimentos “não são imprescindíveis” para a apuração. Os pedidos serão analisados “caso a caso”.
Nos últimos dois dias, dois investigados pediram para depor novamente: o coronel Marcelo Câmara e o tenente-coronel Ronald Araújo Júnior.
Fontes da PF argumentam, no entanto, que ambos já tiveram oportunidade de fazer esclarecimentos.
Os dois militares foram intimados no dia 22 de julho para serem ouvidos nas investigações da operação Tempo da Verdade. Ambos, no entanto, optaram pelo silêncio.
Agora, a defesa de Marcelo Câmara afirma que o coronel da reserva pode prestar depoimento e falar sobre uma possível delação premiada, caso seja de interesse da autoridade policial.
Já a defesa de Ronald Araújo diz que o cliente mudou a estratégia, após as notícias veiculadas na imprensa e o impacto na vida pessoal do cliente.
A PF ainda avalia os desdobramentos do caso após os depoimentos do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, do ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior.
Os três implicaram diretamente a cúpula militar no suposto plano de golpe.
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