O Hospital Geral de Palmas (HGP), com o Núcleo de Atendimento à Pessoa em Situação de Violência (Nuave) oferta há cinco anos o acolhimento a pacientes que chegam à unidade hospitalar em qualquer situação de violência. Só neste ano, foram 424 casos constatados de situação de violência. Destes, 307 foram violências autoprovocadas, 102 agressões interpessoais, 40 ferimentos por arma branca e 38 foram suspeitas. O núcleo realizou 3.177 atendimentos.
“O Nuave acolhe auxilia e direciona essas pessoas que sofrem ou estão em situação de violência. Atuamos desde a identificação de sinais e sintomas físicos e comportamentais de violência ao tratamento de quadros clínicos graves, notificação e acompanhamento do caso. Todos os pacientes que podem ter sinais ou sintomas de violência são avaliados pelo núcleo”, explicou a psicóloga responsável pelo serviço, Raphaella Pizani.
A profissional destacou que, “somos qualificados como equipe sentinela, temos um olhar para a violência em uma busca ativa. Ou seja, investigamos se o paciente atendido com traumatismo cranioencefálico (TCE) foi vítima de violência. Por isso realizamos a escuta dessas pessoas, além de olhar criteriosamente o prontuário, observando todas as informações do processo de internação do paciente. Já ocorreram histórias de pessoas que em situação de violência pediam para ir para o hospital e aqui pediu ajuda”.
Parceiros
Para que o Nuave possa desenvolver seu trabalho, conta com parceiros como Rede de Proteção à pessoa em situação de violência como a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Delegacias Especializadas de Crimes Contra a Proteção à Criança e ao Adolescente (Deca) Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)) Defensoria Pública – núcleo Especializado de Proteção e Defesa aos Direitos da Mulher (Nudem), Ministério Público Estado (MPE), Patrulha Maria da Penha e o Tribunal de Justiça do Tocantins.
O Nuave também articular com os pontos de atenção à saúde para a continuidade da assistência, dentre os diversos pontos cita-se o Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Caps i), local destinado para atender crianças e adolescentes de até 17 anos com transtornos mentais graves e persistentes.
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