O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, assinou duas portarias que cancelam os vínculos de Anderson Torres e Alexandre Ramagem com a Polícia Federal (PF). A medida foi assinada no início da tarde desta quarta-feira (3/12). Com isso, os dois — condenados por envolvimento na trama golpista — foram exonerados, seguindo uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que efetivou a perda dos cargos de ambos.
As portarias mencionam que é competência do ministro praticar o ato de destituição do cargo, amparado por pareceres do MJSP, da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Advocacia-Geral da União (AGU). Os documentos ainda explicitam que o ato cumpre uma determinação do STF.
Ramagem e Torres eram delegados da corporação. O deputado federal, hoje foragido nos Estados Unidos, ingressou na PF em 2005 e ocupou, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o cargo de diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Já Torres ingressou na PF em 2003 e, antes disso, foi papiloscopista da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ele ocupou o cargo de ministro da Justiça no governo Bolsonaro e, nos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.







