As cotações da arroba bovina ficaram praticamente estáveis, mas com tendência de avanço em meio a condições climáticas que favorecem as pastagens em diversas regiões e permitem que pecuaristas sigam com a estratégia de segurar a oferta de gado no campo.
O indicador do boi gordo Cepea/B3 encerrou a terça-feira (16/4) em R$ 230,80 por arroba, leve alta de 0,04% no comparativo diário.
De acordo com a consultoria Agrifatto, a maior movimentação foi no Paraná, onde a cotação do boi gordo ficou em R$ 210,90 por arroba, com ajuste positivo de 0,5%. “A alta registrada se deve à maior dificuldade dos frigoríficos em manter as escalas alongadas, que agora estão em sete dias no Estado”, afirmou em nota.
“Com o bom volume de chuvas dos últimos dias e as pastagens em boas condições, os pecuaristas ganham fôlego para reter a boiada e pressionar as cotações para cima”, acrescentou a consultoria.
O analista da Safras & Mercado Fernando Iglesias alertou que a oferta de gado deve avançar com o fim da safra e o início do período seco, em que ficam menores as possibilidades de manter os animais no pasto.
Na B3, os contratos futuros caminharam em direções opostas. Os vencimentos mais próximos como abril e maio tiveram ligeira alta, fechando a terça-feira a R$ 235,65 e R$ 235,70 por arroba, com variações positivas de 0,19% e 0,04%, respectivamente. Já os contratos com vencimento para setembro de 2024 recuaram 0,41% a R$ 243,20 por arroba.
No mercado atacadista, entretanto, o preço da carne bovina segue estável e pressionado para baixo. Com isso, a carcaça do boi castrado permaneceu cotada a R$ 50 por quilo, com potencial de cair mais ao final da semana, avalia a Agrifatto.
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