Os dois criminosos que haviam fugido da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) e recapturados nesta quinta-feira (4) no Pará foram transferidos de volta para o Rio Grande do Norte, onde ficarão presos.
Eles deixaram o prédio da PF em Marabá por volta de 21h20 da noite desta quinta-feira. Um efetivo de cerca de 80 policiais militares foi envolvido na ação.
Do aeroporto João Corrêa, em Marabá, eles foram para o Rio Grande do Norte.
A transferência, no avião da Polícia Federal, é direta para a penitenciária. Os dois já passaram pela delegacia da PF em Marabá e ficaram em silêncio durante depoimento.
Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça foram encontrados em Marabá (PA) após uma ação conjunta entre a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Eles ficaram foragidos por 51 dias.
Na tarde desta quinta, logo após a confirmação de que a dupla havia sido recapturada, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, já havia afirmado que Deibson e Rogério voltariam a Mossoró.
“[Os fugitivos] voltarão para a penitenciária de Mossoró, totalmente reformulada no que diz respeito aos equipamentos de segurança. Eles ficarão separados, haverá vistorias diárias e a direção foi trocada. Os protocolos foram reafirmados e aperfeiçoados e de lá, certamente, não se evadirão”, acrescentou o ministro.
Lewandowski afirmou ainda que, mesmo após a recaptura, as equipes de inteligência continuarão com as investigações para descobrir quem ajudou a dupla a se esconder durante esses 51 dias.
Conforme a CNN adiantou, os dois fugitivos estavam com quatro “seguranças” no momento da prisão, em um comboio de três carros. Fuzis, oito celulares e distintivos falsos de policiais foram apreendidos, além dos carros.
“Os trabalhos de inteligência continuam. Estamos investigando ainda todas as forças envolvidas, qual é a organização criminosa que participou efetivamente da fuga. Em um primeiro momento, soubemos que alguns moradores foram, infelizmente, cooptados pelos criminosos, facilitando a fuga”, disse o ministro.
O titular da pasta comentou ainda que, em sua visão, não houve demora excessiva para localização dos fugitivos. “Ne parece que é um prazo razoável de 50 dias. Digo que segue os paradigmas internacionais de localização de fugitivos de penitenciárias, ou seja, não chegamos a dois meses em um país de dimensões continentais. O local onde se refugiaram eram um lugar de mata, de caatinga. A busca pela recaptura foi prejudicada sobretudo pelas fortes chuvas e, realmente, uma área imensa.”
Segundo o ministro, desde o início das operações de busca, 14 pessoas, ao todo foram presas –entre elas os dois fugitivos. Nesta quinta, além de Deibson e Rogério, outras quatro pessoas foram detidas.
Com o grupo preso na companhia dos foragidos, foram encontradas armas, munições, celulares, distintivos policiais falsos, cartões e dinheiro em espécie.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirma que, na operação que resultou na prisão da dupla e dos outros quatro indivíduos, houve, inicialmente, uma tentativa de reação.
“Houve, inicialmente, o esboço de uma reação com um fuzil ostensivamente apontado aos nossos policiais, mas lá estava nosso grupo de pronta intervenção que permitiu que a ação fosse sem uma reação.”
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