A hanseníase, doença que afeta pele e nervos periféricos e é causada pela bactéria Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, teve em 2024 836 novos casos confirmados no Tocantins. A fim de conscientizar a população sobre essa doença é realizada, anualmente, a campanha Janeiro Roxo e a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) apoia as ações de conscientização realizadas pelas secretarias municipais de saúde, que disponibilizam o tratamento da doença no Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a coordenadora estadual do Programa de Hanseníase da SES-TO, Márcia Faria Silva, a Pasta já solicitou que os municípios intensifiquem as ações de conscientização. “Orientamos que neste mês, as secretarias municipais de saúde realizem mais atividades de prevenção à hanseníase”.
Ainda segundo a técnica da SES-TO também está previsto a divulgação de podcast com esclarecimentos sobre a doença para a população. “Este projeto terá participação das secretarias de estado da saúde e educação, além da Universidade Federal do Tocantins, e está incluso no programa Saúde na Escola, proposto pelo Ministério da Saúde (MS)”.
Sinais e sintomas da doença
A população deve ficar atenta às seguintes alterações: sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos)
Tratamento e prevenção
A hanseníase tem cura, e o tratamento é gratuito, feito nas unidades básicas de saúde. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico, sendo o tratamento via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos.
A hanseníase não pode ser totalmente prevenida. Para suas formas mais disseminadas, é aplicada a vacina BCG, que é dada aos contatos mais próximos do paciente de forma a evitar que se infectem.