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Na Cúpula do Clima, Lula ataca “forças extremistas”: leia o discurso

O presidente brasileiro reclamou sobre a ação de “forças extremistas” e defendeu a justiça climática como aliada do combate à forme

Metrópoles por Metrópoles
06/11/2025
em Política
Tempo de leitura: 9 minutos
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Na Cúpula do Clima, Lula ataca “forças extremistas”: leia o discurso

Reprodução/Gov.br

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Belém – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou da ação de “forças extremistas” ao abrir a Cúpula do Clima nesta quinta-feira (6/11), no Pará. Em recado à direita global, o petista ainda afirmou que o “regime climático” não passou imune à “lógica de soma zero que tem prevalecido na ordem internacional”.

Lula ainda criticou os conflitos bélicos, como as guerras no Leste Europeu e no Oriente Médio, que “desviam a atenção e drenam os recursos que deveriam ser canalizados para o enfrentamento do aquecimento global. Enquanto isso, a janela de oportunidade que temos para agir está se fechando rapidamente”.

A Cúpula do Clima reúne chefes de Estado e demais representantes de alto nível de mais de 100 países. O evento serve para estabelecer as bases de discussão para a 30º Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que começa na próxima segunda-feira (10/11).

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Mas o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se recusou a participar. O país norte-americano é o segundo maior emissor de gases do efeito estufa. A Casa Branca sequer enviou representantes, assim como fez a Argentina de Javier Milei. Ambos são adversários políticos de Lula e se recusam a participar das conversas sobre mudança climática.

Lula foi o primeiro chefe de Estado a discursar na Cúpula. Ele defendeu “justiça climática” como uma aliada no combate à fome e à pobreza mundiais e ressaltou a importância do Acordo de Paris, tratado internacional adotado em 2015 com metas para limitar o aquecimento global e combater as mudanças climáticas.

Confira o discurso, na íntegra:

“Passados mais de 30 anos da Cúpula da Terra, no Rio de Janeiro, a Convenção do Clima regressa ao país onde nasceu.

Hoje, os olhos do mundo se voltam para Belém com imensa expectativa.

Pela primeira vez na história, uma COP do Clima terá lugar no coração da Amazônia.

No imaginário global, não há símbolo maior da causa ambiental do que a floresta amazônica.

Aqui correm os milhares de rios e igarapés que conformam a maior bacia hidrográfica do planeta.

Aqui habitam as milhares de espécies de plantas e animais que compõem o bioma mais diverso da Terra.

Aqui residem milhões de pessoas e centenas de povos indígenas, cujas vidas são atravessadas pelo falso dilema entre a prosperidade e a preservação.

São elas que, diariamente, conjugam em seus modos de vida a busca legítima por uma existência digna com a missão vital de proteger um dos maiores patrimônios naturais da humanidade.

Por isso, é justo que seja a vez dos amazônidas de indagar o que está sendo feito pelo resto do mundo para evitar o colapso de sua casa.

O ano de 2025 é um marco para o multilateralismo.

Celebramos os 80 anos da fundação da Organização das Nações Unidas e os dez anos da adoção do Acordo de Paris.

A força do Acordo de Paris reside no respeito ao protagonismo de cada país na definição de suas próprias metas, à luz de suas capacidades nacionais.

Passada uma década, ele se tornou o espelho das maiores qualidades e limitações da ação multilateral.

Graças ao Acordo, nos afastamos dos prognósticos que anteviam aumento de até cinco graus na temperatura média global até o final do século.

Provamos que a mobilização coletiva gera resultados.

Mas o regime climático não está imune à lógica de soma zero que tem prevalecido na ordem internacional.

Em um cenário de insegurança e desconfiança mútua, interesses egoístas imediatos preponderam sobre o bem comum de longo prazo.

O ano de 2024 foi o primeiro em que a temperatura média da Terra ultrapassou um grau e meio acima dos níveis pré-industriais.

A ciência já indica que essa elevação vai se estender por algum tempo ou até décadas, mas não podemos abandonar o objetivo do Acordo de Paris.

O relatório de emissões do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente estima que o planeta caminha para ser dois graus e meio mais quente até 2100.

Segundo o Mapa do Caminho Baku-Belém, as perdas humanas e materiais serão drásticas.

Mais de 250 mil pessoas poderão morrer a cada ano.

O PIB global pode encolher até 30%.

Por isso, a COP30 será a COP da verdade.

É o momento de levar a sério os alertas da ciência.

É hora de encarar a realidade e decidir se teremos ou não a coragem e a determinação necessárias para transformá-la.

Para o Brasil, a COP30 será o ponto culminante de um caminho pavimentado ao longo de nossas presidências do G20 e do BRICS.

No G20, colocamos na mesma mesa os ministérios de meio ambiente e de finanças das 20 economias que respondem por cerca de 80% das emissões globais.

No BRICS, reafirmamos a centralidade do financiamento climático, da capacitação e da transferência de tecnologias.

Esta Cúpula de Líderes é uma inovação que trazemos ao universo das COPs.

As convergências já são conhecidas. Nosso objetivo será enfrentar as divergências.

Nós, líderes, podemos e devemos discutir tudo, para além dos muros da Convenção.

As palavras ditas aqui serão a bússola da jornada a ser percorrida por nossas delegações nas próximas duas semanas.

A humanidade está ciente do impacto da mudança do clima há mais de 35 anos, desde a publicação do primeiro relatório do IPCC.

Mas foram necessárias 28 conferências para que se reconhecesse pela primeira vez, em Dubai, a necessidade de se afastar dos combustíveis fósseis e de parar e reverter o desmatamento.

Foi preciso um ano adicional para que se admitisse, em Baku, a perspectiva de ampliar o financiamento climático para um trilhão e trezentos bilhões de dólares.

Belém honrará os legados das COPs 28 e 29.

Acelerar a transição energética e proteger a natureza são as duas maneiras mais efetivas de conter o aquecimento global.

Estou convencido de que, apesar das nossas dificuldades e contradições, precisamos de mapas do caminho para, de forma justa e planejada, reverter o desmatamento, superar a dependência dos combustíveis fósseis e mobilizar os recursos necessários para esses objetivos.

Para avançar, será preciso superar dois descompassos.

O primeiro é a desconexão entre os salões diplomáticos e o mundo real.

As pessoas podem não entender o que são emissões ou toneladas métricas de carbono, mas sentem a poluição.

Podem não compreender o que são sumidouros de carbono ou reguladores climáticos, mas reconhecem o valor das florestas e dos oceanos.

Podem não ser versadas em financiamento concessional ou misto, mas sabem que nada se faz sem recursos.

Podem não assimilar o significado de um aumento de um grau e meio na temperatura global, mas sofrem com secas, enchentes e furacões.

O combate à mudança do clima deve estar no centro das decisões de cada governo, de cada empresa, de cada pessoa.

O conceito de mutirão, que traduz um esforço coletivo em torno de um objetivo comum, é o espírito que vai animar Belém.

A participação da sociedade civil e o engajamento de governos subnacionais será crucial.

Seremos inspirados pelos povos indígenas e pelas comunidades tradicionais, para quem a sustentabilidade sempre foi sinônimo de viver.

O segundo descompasso é o descasamento entre o contexto geopolítico e a urgência climática.

Forças extremistas fabricam inverdades para obter ganhos eleitorais e aprisionar as gerações futuras a um modelo ultrapassado que perpetua disparidades sociais e econômicas e degradação ambiental.

Rivalidades estratégicas e conflitos armados desviam a atenção e drenam os recursos que deveriam ser canalizados para o enfrentamento do aquecimento global.

Enquanto isso, a janela de oportunidade que temos para agir está se fechando rapidamente.

A mudança do clima é resultado das mesmas dinâmicas que, ao longo de séculos, fraturaram nossas sociedades entre ricos e pobres e cindiram o mundo entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Será impossível contê-la sem superar as desigualdades dentro das nações e entre elas.

A justiça climática é aliada do combate à fome e à pobreza, da luta contra o racismo, da igualdade de gênero e da promoção de uma governança global mais representativa e inclusiva.

Amigas e amigos,

Entre os povos indígenas Yanomami, que habitam a Amazônia, existe a crença de que cabe aos seres humanos sustentar o céu, para que ele não caia sobre a Terra.

Essa perspectiva dá a medida da nossa responsabilidade perante o planeta, principalmente diante dos mais vulneráveis.

Mas também reconhece que o poder de expandir horizontes está em nossas mãos.

Temos que abraçar um novo modelo de desenvolvimento mais justo, resiliente e de baixo carbono.

Espero que esta Cúpula contribua para empurrar o céu para cima e ampliar nossa visão para além do que enxergamos hoje.

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