O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, nesta quinta-feira (2), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para um encontro no Palácio da Alvorada.
O encontro, que durou cerca de 3 horas e meia, ocorreu em meio ao embate entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional.
Participaram da reunião no Alvorada os ministros:
- Rui Costa, ministro da Casa Civil,
- Renan Filho, ministro dos Transportes,
- Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública,
- o líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA),
- o senador Jorge Kajuru (PSB-GO),
- e a senadora Leila Barros (PDT-DF).
Há duas semanas, Lula já havia se reunido com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Nos últimos meses, parlamentares têm aumentado as críticas contra o governo, principalmente no que se refere ao atraso no pagamento de emendas, judicializações de propostas aprovadas pelo Congresso e falta de articulação política.
Na terça (30), Pacheco minimizou os recentes atritos com o governo e disse que todas as “divergências” com o governo seriam resolvidas “uma a uma”.
Na ocasião, porém, ele voltou a criticar a decisão do governo federal de judicializar a desoneração da folha de pagamento de empresa e municípios. Segundo Pachedo, a medida foi um “erro primário”.
Durante ato do 1º de Maio, nesta semana, Lula negou que exista uma “guerra” entre o Palácio do Planalto e o Congresso.
Distensionar relação
O objetivo do encontro de Lula com Lira e Pacheco foi distensionar a relação com os chefes das Casas legislativas.
O movimento do Planalto ocorre uma semana antes de o Congresso analisar os vetos de Lula a propostas aprovadas pelos parlamentares.
Após ser adiada em duas ocasiões, a sessão para analisar vetos presidenciais deve ocorrer no dia 9 de maio. Ao todo, 32 itens estão pendentes de análise dos deputados e dos senadores. Nem todos, porém, serão analisados.
O governo tenta evitar a derrota em dois deles. O primeiro diz respeito ao veto de Lula sobre o projeto de lei sobre a saída temporária de presos, conhecida popularmente como “saidinha”.
Outro veto que tem demandado uma articulação do governo com os parlamentares é sobre o repasse de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão, que são direcionadas à Câmara e ao Senado. Em janeiro, Lula barrou essa transferência de recursos ao Congresso, o que desagradou os parlamentares.
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