Uma denúncia anônima levou à apreensão de um caminhão carregado de cestas básicas em Alvorada, no sudeste do estado. Segundo informações repassadas à Polícia Militar (PM), a carga supostamente seria usada para comprar de votos. Veículo foi liberado pela Secretaria da Fazenda após pagamento de multa.
A apreensão aconteceu na tarde de quarta-feira (2), na Avenida Pedro Ludovico. O motorista, de 66 anos, foi abordado pela polícia por volta das 15h20 e informou que que foi contratado para deixar os produtos de alimentação no local onde estava.
Segundo a Polícia Militar, ele chegou a apresentar uma nota fiscal pelo celular. Momentos depois, mostrou uma nota fiscal impressa que não tinha as mesmas informações da digital.
Nesse momento, conforme a PM, o prefeito de Alvorada, Paulo Antonio de Lima Segundo, chegou ao local e disse que as cestas básicas faziam parte de uma licitação e que seriam para atender pessoas em situação de vulnerabilidade da cidade.
O g1 tentou contato com a Prefeitura de Alvorada por e-mail e telefone, mas não houve retorno. Ainda não conseguimos contato com o prefeito Paulo Antonio.
Sefaz liberou caminhão após pagamento de multa
A Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) disse, em nota, que foi informada sobre as divergências de informações nas notas fiscais e um auditor fiscal foi acompanhar a abordagem da polícia. Ao conferir os documentos da carga, o auditor informou que a carga e o motoristas deveriam ir até a Delegacia Fiscal da cidade para averiguação.
A Sefaz informou que a carga de cestas básicas não estava com a devida documentação fiscal e que após o pagamento de uma multa de R$ 38.255,00, o caminhão foi liberado. A pasta afirmou que cabe à Secretaria da Fazenda somente a fiscalização fiscal, ficando outros tipos de controles por conta das autoridades competentes.
Não foi informado quem era o responsável pelas cestas básicas.
O g1 pediu informações ao Ministério Público Estadual se houve denúncia sobre possível crime eleitoral envolvendo compra de votos com o uso de cestas básicas na cidade, mas também não houve resposta até a publicação desta reportagem.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que não teve registro do fato em delegacia até a tarde desta quinta-feira (3).