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Brasil pode virar importador de petróleo; EUA lideram produção global

Enquanto os Estados Unidos se consolidam como maior produtor do mundo, a realidade brasileira deve levar o país a importar mais do que exportar a commodity a partir de 2030

CNN por CNN
22/07/2025
em Economia
Tempo de leitura: 9 minutos
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Petróleo sobe 3% para máxima de uma semana com expectativa de maior demanda

Unidade de produção de petróleo

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Brasil e Estados Unidos têm conseguido manter o crescimento na produção de petróleo desde o início deste século, ainda que em ritmos diferentes.

Entretanto, enquanto os americanos se consolidam como o maior produtor do mundo, a realidade brasileira pode ser de mudança na condição de exportador da commodity para importador já na próxima década.

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O Ministério de Minas e Energia já espera que a produção brasileira fique estagnada em 2030, caia à metade em 2040 e praticamente zere em 2050. Os dados são da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que analisa o cenário produtivo do país com base nas diretrizes estabelecidas pelo governo.

Especialistas ressaltaram à CNN alguns fatores que contribuem para a diferença na realidade de Brasil e Estados Unidos. Entre eles estão a geologia específica de cada território, as regulamentações e legislações vigentes, e a distinção em relação ao modelo de negócios adotado e à abertura do mercado.

Os Estados Unidos exploram petróleo onshore, extraído em terra firme, com menor custo e complexidade. Lá, o processo mais utilizado é a exploração de “shale”, ou gás de xisto. Já o Brasil explora petróleo offshore, que vem do mar, exigindo plataformas mais avançadas e custosas.

Cerca de 80% da produção nacional hoje é impulsionada pelo pré-sal, reserva de petróleo e gás natural em águas profundas e ultraprofundas descoberta pela Petrobras em 2006 no litoral brasileiro. No entanto, conforme explicou à CNN Adriano Pires, diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), o pontapé inicial para a exploração do pré-sal poderia ter proporcionado uma condição atual mais vantajosa ao Brasil.

“Ao descobrir o pré-sal, o governo acha que tem que mudar o modelo jurídico dos leilões de petróleo e começa a discussão no Congresso Nacional de um modelo da partilha”, recordou Pires.

“Mas o grande erro foi que paralisamos os leilões enquanto se discutia esse modelo. Portanto, houve um período de cinco anos, de 2008 a 2013, sem qualquer certame de petróleo. Com isso, o número de postos exploratórios começa a cair”, destacou.

Ainda segundo o especialista, o Brasil ficou inerte durante o período em que não realizou a oferta de blocos para a exploração de petróleo, enquanto os Estados Unidos avançavam cada vez mais com a produção de “shale” durante esses cinco anos.

Produção brasileira poderia ser o dobro do que é

“A nossa produção atual já poderia ser muito maior do que ela é, poderia ser o dobro ou muito maior, mas ficamos cinco anos sem leilão, o que é muito tempo. Eu falo que nesse período fizeram uma das maiores atrocidades contra a geração futura do Brasil.”

De acordo com o presidente do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), Roberto Ardenghy, o governo deve estabelecer um regime regulatório favorável e desenvolver novas reservas para que o país não tenha um declínio na produção já a partir de 2030.

“Cada país tem uma geologia própria, e a reserva de petróleo convencional, que é a que o Brasil tem, produz petróleo durante 27 a 30 anos. Ou seja, é um período que acaba, é rápido”, explicou.

Ardenghy explicou que a Bacia de Campos, cuja extração teve início em 1977, já está em fase de amadurecimento, enquanto o pré-sal, que começou a ser explorado efetivamente em 2008, também vai reduzir a produção inexoravelmente nos próximos anos.

“Por isso há a discussão da Margem Equatorial, na fronteira com a Guiana Francesa, e sobre a Bacia de Pelotas, na parte sul do Brasil, fronteira com o Uruguai. São duas bacias que foram identificadas com potencial de petróleo. E nós temos tecnologia para explorá-las, já provamos com o pré-sal, reconhecido como um sucesso mundial”, acrescentou.

Tanto Pires quanto Ardenghy destacam a necessidade da realização de novos leilões de petróleo. Segundo eles, é preciso garantir a atratividade do país e permitir a exploração da commodity para reverter a tempo a projeção que coloca o Brasil na condição prioritária de importador.

Aposta em novas tecnologias de exploração

Para os especialistas ouvidos pela CNN, o Brasil deve buscar um modelo mais competitivo no setor e apostar em tecnologias que são utilizadas em outros países, como o shale.

Além disso, eles ressaltam a necessidade de mais investimentos na exploração de petróleo a partir de novos leilões e um ambiente regulatório mais favorável aos negócios.

Segundo Marco Tavares, CEO da Gas Bridge, a combinação desses fatores levaria o Brasil a ter um desempenho melhor não só na área de petróleo, mas no PIB (Produto Interno Bruto) de modo geral.

“O setor industrial nos últimos anos têm apresentado queda na produção, em vez de crescimento. Principalmente na indústria química, com a balança comercial muito desfavorável ao Brasil, com mais de US$ 40 bi de déficit, que poderiam ser parcialmente ou totalmente reduzidos se tivéssemos uma indústria mais competitiva”, afirmou.

Tavares citou um estudo da Abrace que aponta para a redução no preço do gás em caso de maior competição no setor, o que poderia trazer impacto de 2% a 3% no PIB industrial, com um ambiente mais propício ao crescimento da indústria química, petroquímica e de aço.

Como exemplo, o empreendedor disse que a Argentina passou a atrair mais empresas ao abrir o mercado e introduzir o shale para a produção de petróleo e gás. Com isso, Tavares cita que “praticamente todas as empresas que estão nos Estados Unidos” também já estão no país do presidente Javier Milei.

“A Argentina começou a investir no shale e acabou descobrindo a segunda maior reserva do mundo, atrás somente dos Estados Unidos. Hoje, eles passaram a exportar mais petróleo, cerca de 50% da produção, e isso a preços americanos, por conta da tecnologia”, afirmou.

Segundo Roberto Ardenghy, presidente do IBP, o desenvolvimento dos argentinos no setor de petróleo e gás pode aumentar a concorrência do Brasil como exportador dentro do continente.

“A perspectiva é que a Argentina possa se tornar um concorrente energético do Brasil na América Latina, porque à medida que eles continuam a desenvolver o negócio de petróleo e gás, vão tentar vender para mercados que o Brasil vende. Mas é uma concorrência saudável. Eles também têm reservas importantes e é uma competição boa para o mercado, porque gera segurança energética”, disse.

“Shale boom”

A exploração do shale permitiu aos Estados Unidos quase triplicar a produção de petróleo nos últimos 20 anos.

Em 2005, a produção diária era de 4,99 milhões de barris por dia, enquanto no Brasil era 1,6 milhão de bpd. Agora, os americanos produzem 13,5 mi de barris diários, enquanto os brasileiros atingiram recorde em maio de 3,697 mi, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Os Estados Unidos identificaram a oportunidade da exploração do shale há mais de 7 décadas, mas conseguiram evoluir tecnologicamente somente no início do século para otimizar a produtividade e atingir níveis recordes.

O ponto de virada para a produção massiva de petróleo com a exploração do shale fez com que os EUA se tornassem o maior produtor mundial da commodity em 2018, superando Arábia Saudita e Rússia, e mantendo a posição até o momento.

“Os Estados Unidos passaram de uma condição de importador, o maior do mundo, e conseguiram criar excedente e passar a ser exportador. É uma mudança radical da indústria nos últimos 20 anos, na qual os norte-americanos eram o maior dependente global de petróleo e conseguiram essa alteração geopolítica importantíssima”, destacou Marco Tavares, da Gas Bridge.

Para conseguir viabilizar o shale e retirar o petróleo das rochas sedimentares, é preciso utilizar uma técnica chamada de fracking (fraturamento hidráulico), que injeta água, areia e alguns produtos químicos em alta pressão para quebrar a rocha e liberar o petróleo.

No Brasil, a aprovação de uma lei em 2019 no Paraná proíbe o uso do fracking para a extração de petróleo a partir do shale. Ainda que a legislação seja de esfera estadual, ela é considerada por especialistas como uma antecipação para não haver a prática em território nacional.

“A gente teria no Brasil a perspectiva de produzir gás e petróleo de shale em algumas reservas sedimentares brasileiras, mas temos que superar essa decisão judicial. Isso cabe ao governo federal, ao Ministério de Minas e Energia e à Agência Nacional do Petróleo”, pontuou Ardenghy.

O MPF (Ministério Público Federal) do Paraná já entrou com uma ação contra a ANP (Agência Nacional de Petróleo) para que não sejam feitos quaisquer leilões de petróleo com uso do fracking, o que inviabilizou a realização de certames para a exploração das reservas brasileiras.

“É preciso explicar que essa é uma tecnologia totalmente dominada, que não tem nenhum impacto maior sobre os lençóis freáticos, com contaminação ou algo do gênero. Países como Estados Unidos, China e até a Argentina usam essa tecnologia de maneira muito segura, gerando riquezas muito grandes”, acrescentou.

Soluções

Os especialistas consideram que o Brasil tem condições de se aproveitar da demanda futura por petróleo no mundo — não há a crença no setor de energia que a commodity cairá em desuso com a transição energética.

“O Brasil tem que entender que precisamos com urgência, no caso específico do petróleo e gás, de licenças ambientais. Já estamos atrasados para explorar a margem continental, que está na região mais próxima do Brasil para o arco norte. Se não a explorarmos, vamos passar a ser o quê? Importador de petróleo”, pontuou Adriano Pires.

Para João Victor Marques, pesquisador da FGV Energia, ampliar a agenda de leilões também é importante para garantir previsibilidade às empresas, que vão buscar realizar estudos sobre as áreas ofertadas nos blocos envolvidos.

O especialista espera que o país busque ampliar a participação de empresas estrangeiras no mercado nacional. Segundo ele, o mercado asiático deve concentrar a maior parte da demanda por petróleo no mundo, com destaque para China, Oriente Médio e outros países, como o Vietnã.

“A entrada de empresas chinesas no país é bastante estratégica, pois há necessidade de assegurar a oferta para essa demanda crescente. Além disso, após a guerra da Ucrânia, a Europa precisou diversificar os supridores, e o Brasil se tornou mais relevante. Nós temos a geopolítica a nosso favor, já que a América do Sul é o continente que menos oferece risco no mundo”, explicou Marques.

Ele conclui dizendo que a “diversificação nunca é demais, pois permite ao Brasil garantir a autossuficiência de combustíveis e a condição de continuar como exportador”.

“Temos uma demanda de petróleo crescente no mercado internacional e o país segue sendo um player confiável, que nos posiciona com vantagem para suprir esse volume nas próximas décadas.”

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