O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, disse, nesta segunda-feira (21), que trata com muita “importância” a questão da suspensão de vistos norte-americanos de ministros da Suprema Corte e do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
“Trato esse assunto com muita importância, com seriedade, mas ainda não é hora de comentá-lo”, disse Barroso depois de participar de um evento da OAB do Ceará, em Fortaleza.
De acordo com apuração da CNN, além do visto de Barroso, os Estados Unidos suspenderam o documento de mais sete ministros do STF. São eles:
- Edson Fachin, vice-presidente do STF;
- Alexandre de Moraes, ministro do STF;
- Dias Toffoli, ministro do STF;
- Cristiano Zanin, ministro do STF;
- Flávio Dino; ministro do STF;
- Cármen Lúcia, ministra do STF; e
- Gilmar Mendes, ministro do STF.
Os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux não foram alvo da medida norte-americana.
Barroso afirmou ainda que este é um assunto no qual os ministros estão “apenas observando os acontecimentos”.
“Nós não estamos comentando esse assunto, estamos apenas cumprindo o nosso papel como a Constituição e a legislação desejam”, continuou o presidente do STF.
Na última sexta-feira (18), o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos de Moraes, “de seus aliados e de seus familiares imediatos”, através do X (antigo Twitter).
Na publicação, Rubio citou o presidente Donald Trump dizendo que ele deixou claro que o governo “vai responsabilizar estrangeiros responsáveis pela censura à expressão protegida nos Estados Unidos”.
“A perseguição política do ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil Alexandre de Moraes contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão amplo que não só viola direitos básicos dos brasileiros, como também ultrapassa as fronteiras do Brasil para atingir americanos”, prosseguiu o secretário.