Quer viver mais? Então experimente aumentar o nível de esforço do treino da academia. Um estudo publicado no European Journal of Preventive Cardiology em setembro mostra que a intensidade do exercício físico é mais importante do que o tempo gasto praticando a atividade para a longevidade.
A afirmação foi feita por pesquisadores das universidades de Basileia, na Suíça, e de Leicester, no Reino Unido, e se baseia nos benefícios do exercício para o coração.
“A maior intensidade estimula mais o sistema cardiovascular. Isso melhora a função vascular e a aptidão cardiorrespiratória”, explica o cientista esportivo Fabian Schwendinger, em comunicado à imprensa.
Os pesquisadores analisaram três anos de informações armazenadas por rastreadores usados por 7.518 adultos dos Estados Unidos com níveis diferentes de condicionamento físico e saúde. Elas foram comparadas com dados de mortalidade registrados nos quatro anos seguintes.
Os autores do estudo constataram que a atividade física de maior intensidade estava associada a um risco menor de morte prematura por todas as causas. A diferença foi ainda mais perceptível na comparação para doenças cardiovasculares como derrames, doenças arteriais e outros problemas cardíacos.
Como ajustar os exercícios para ter longevidade?
Mudanças simples na rotina podem ser feitas para viver mais, como aumentar a velocidade das corridas ou trocar o elevador pelas escadas. O estudo mostra que 150 minutos extras de caminhada rápida durante a semana podem reduzir o risco de mortalidade em até 28%.
O fato de ter sido feito com pessoas com diferentes níveis de condicionamento físico revela que todas as pessoas podem se beneficiar quando aumentam a intensidade dos exercícios. “Isso significa que todos, independentemente de serem muito atléticos ou sedentários, podem se beneficiar do conhecimento de que a intensidade reduz a mortalidade”, afirma Schwendinger.
Os pesquisadores ponderam, no entanto, que deve haver um limite no esforço para que a atividade física não seja exagerada e cause danos ao corpo. “Não se trata de pessoas que só vivem mais se treinarem intensamente, se esgotarem e ficarem completamente sem fôlego”, esclarece Schwendinger.