Os preços do milho seguem em queda no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, a pressão vem da postura retraída de muitos compradores, do avanço da colheita da safra verão e do bom desenvolvimento da segunda safra em boa parte das regiões.
Em algumas praças, os valores atuais do cereal já são os menores desde outubro de 2023. Na sexta-feira (26/4), o indicador do Cepea, baseado na região de Campinas (SP), apontava cotação média de R$ 58,09 para a saca de 60 quilos de milho, uma queda acumulada de 5,97% desde o início de abril.
Compradores relatam ter estoques e realizam novas aquisições no spot apenas quando têm necessidade.
Do lado vendedor, enquanto boa parte se mostra mais flexível nas negociações, devido à necessidade de fazer caixa, outros estão afastados do mercado, à espera de recuperações nos próximos meses, fundamentados nas recentes valorizações do dólar – contexto que pode elevar a paridade de exportação – e na possibilidade de uma segunda safra não tão volumosa.
De fato, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica área 8% menor e produção de 85,61 milhões de toneladas, 16% inferior à da temporada 2023/24.
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