O Tocantins é o único estado brasileiro a manter, de forma contínua, a meta de cobertura vacinal com a vacina BCG durante 24 anos, segundo o Anuário VacinaBR 2025. A publicação é produzida pelo Instituto Questão de Ciência (IQC), em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com base em dados do Ministério da Saúde e do IBGE.
A meta estabelecida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) para a vacina BCG é de 90% de cobertura da população-alvo. No Tocantins, esse índice foi superado em praticamente todos os anos entre 2000 e 2023, com destaque para coberturas superiores a 100% na maior parte do período. Em 2024, mesmo ainda fora da edição do anuário, o Estado distribuiu mais de 72 mil doses e alcançou uma cobertura de 107,94%.
De acordo com a Secretaria da Saúde (SES-TO), embora ainda não esteja no Anuário, em 2024, o Tocantins distribuiu mais de 72 mil doses do imunizante e registrou uma cobertura vacinal de 107,94%. “Nós obtivemos essa vitória na imunização BCG, com os esforços de todos os trabalhadores de saúde envolvidos. A BCG é a primeira vacina do calendário e é aplicada logo após o nascimento do bebê. É também em dose única, por isso não enfrenta o abandono do esquema vacinal, então é uma imunização que nos empenhamos muito para que seja alcançada para toda a população, e estamos felizes por termos esse resultado”, afirmou a diretora das Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), Gisele Luz.
Conforme o Anuário VacinaBR 2025, a cobertura vacinal para dose única de BCG no Tocantins, entre 2000 a 2023 se deu da seguinte forma: 2000 – 119,1%; 2001 – 120,7%; 2002 – 117,4%; 2003 – 109,1%; 2004 – 109,3%; 2005 – 110,9%; 2006 – 111,6%; 2007 – 109,1%; 2008 – 103,4%; 2009 – 102,5%; 2010 – 101,3%; 2011 – 100,5%; 2012 – 99,6%; 2013 – 91,3%; 2014 – 98,0%; 2015 – 102,3%; 2016 – 103,1%; 2017 – 105,8%; 2018 – 97,0%; 2019 – 114,6%; 2020 – 96,5%; 2021 – 93,2%; 2022 – 124,6%; 2023 – 91,1%.
“O Tocantins, ao conseguir manter essa cobertura vacinal da BCG adequada durante 24 anos, mostra que é possível a gente garantir essa proteção à infância. É uma vitória da gestão pública, dos profissionais de saúde e, sobretudo, também das famílias tocantinenses, que mostram que acreditam na potência e na eficácia das vacinas. É um grande exemplo a ser seguido. Isso tudo contribui diretamente para o controle da tuberculose no nosso estado”, afirmou a gerente de Imunização e Doenças Imunopreveníveis da SES/TO, Diandra Sena.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Carlos Felinto, “os dados reforçam o compromisso que o Governo do Tocantins tem com a imunização e gera impactos positivos em toda a rede de saúde, porque com isso a gente consegue ter uma menor sobrecarga nos serviços hospitalares, redução de sequelas e incapacidades para a população e consequentemente mais economia dos nossos recursos públicos para as doenças evitáveis”.
A administradora Luciana Gomes colaborou para a estatística do Tocantins. “Tenho dois filhos, de quatro e de um ano e todos devidamente vacinados com a BCG e as demais que são disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde. Sei que isso os mantém saudáveis e livres de várias doenças. Tudo que uma mãe quer na vida é filho sem precisar ir a hospital”, afirmou.
“Com quatro dias de nascido, levamos nosso bebê para tomar a vacina BCG porque é importante se imunizar. É essencial deixar atualizada a carteira de vacinação do bebê, pois isso além de muito importante, nos deixa mais tranquilos com essa proteção”, disse Taysa Moura, esposa de Lucas Oliveira, que vacinou o bebê Murilo Moura, no Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR).
Destaque em 2023
Segundo o Anuário VacinaBR 2025, o Tocantins também se destacou em 2023 com valores de cobertura acima da média nacional para as doses da pneumocócica 10-valente, vacina que previne cerca de 70% das doenças graves causadas por dez sorotipos de pneumococos em crianças. Ao lado de Rondônia, o Estado atingiu a meta de 95% para a 1ª dose da vacina, sendo que somente o Tocantins continuou dentro da meta na 2ª dose, com 93,6 % e com 91,2%, na 3ª dose.