Juliana Marins, uma jovem brasileira de 24 anos, continua desaparecida após um grave acidente durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, ocorrido na última sexta-feira (20). Passadas mais de 72 horas desde a queda, a situação de Juliana é classificada como crítica pela sua família.
Juliana tropeçou, escorregou e caiu a uma distância de cerca de 300 metros da trilha. Após a queda, ela conseguia apenas mover os braços e olhar para cima.
Segundo a família, ela está “escorregando” montanha abaixo e desamparada há mais de 72 horas. O perfil oficial do Parque Nacional do Monte Rinjani informou, nessa segunda-feira (23), que socorristas avistaram a brasileira a aproximadamente 500 metros penhasco abaixo, visualmente imóvel, com o auxílio de um drone.
Contudo, a família desmente que ela permaneça no mesmo local, afirmando que ela continua a escorregar. Uma atualização da página de busca da família indica que a equipe de resgate desceu 400 metros, mas estima que Juliana ainda esteja a aproximadamente 650 metros de distância, bem mais longe do que o estimado anteriormente.
Buscas retomadas
As buscas por Juliana Marins foram retomadas às 6h da manhã local de terça-feira (24), após terem sido interrompidas diversas vezes devido a condições climáticas adversas.
A região do vulcão Rinjani é de difícil acesso, com terreno íngreme, muita neblina que reduz a visibilidade e pedras escorregadias devido ao sereno, dificultando as operações de resgate.
Informações iniciais de que uma equipe de resgate havia localizado Juliana e entregue suprimentos foram desmentidas pela irmã, Mariana Marins. Vídeos que supostamente mostravam o resgate chegando até ela foram classificados como “forjados” pela família.
Uma furadeira foi posicionada para auxiliar a subida da montanha, como parte do plano B das ações de resgate. O Itamaraty foi acionado e mantém contato com as agências de busca e salvamento na Indonésia, tendo iniciado contatos de alto nível com o governo indonésio para solicitar reforços. Funcionários da Embaixada do Brasil em Jacarta acompanham o caso no local.
O helicóptero
Diante dos desafios, a família expressa que o envio de um helicóptero é a “última esperança” para o resgate, enfatizando a “corrida contra o tempo para salvar Juliana”.
Embora dois helicópteros de resgate estejam de sobreaviso em Sumbawa e Jacarta, aguardando a confirmação do espaço aéreo para decolar, a impossibilidade de usar o helicóptero devido às condições climáticas atuais foi confirmada no fim da noite desta segunda-feira (23), início da manhã na Indonésia.
Quem é jovem que caiu em vulcão na Indonésia
Juliana Marins, natural de Niterói (RJ) e dançarina profissional de pole dance, estava realizando um mochilão pela Ásia desde fevereiro.