A soja registra queda na abertura da bolsa de Chicago de 0,25% desta sexta-feira (27/12), com os contratos de março cotados a US$ 9,9475 por bushel, devido a um movimento de realização de lucros por parte dos fundos, após os aumentos das duas sessões anteriores.
A tendência baixista se deve às perspectivas que seguem positivas para uma grande safra na América do Sul, embora o mercado continue atento à evolução climática na Argentina, diante da possibilidade de que o fenômeno La Niña comece a se manifestar nas próximas semanas.
As exportações de soja nos Estados Unidos somaram 1,5 milhão de toneladas na semana terminada em 19 de dezembro, uma queda de 7% em relação à semana passada e de 22% sobre a média das últimas quatro semanas apontou o relatório de exportações divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) nesta sexta-feira. A China recebeu 682 mil toneladas no período. Já as vendas líquidas caíram 47% na média das últimas quatro semanas, e 31% em relação à semana anterior, totalizando 978,4 mil toneladas. A China realizou a compra de 410,6 mil toneladas.
Milho
O milho opera em estabilidade, com os contratos de março avançando 0,05%, a US$ 4,6075 por bushel. As perspectivas continuam favoráveis para as lavouras na América do Sul. O mercado se mantém sustentado pela forte demanda por exportações dos Estados Unidos e pela possibilidade de aumento no consumo de milho pela indústria de etanol. Esses fatores alimentam especulações sobre uma possível revisão para baixo nas estimativas de estoques finais de milho para 2024/25, aponta a consultoria Granar.
As vendas líquidas de milho americano para a safra 2024/25 alcançaram 1,7 milhão de toneladas, um aumento de 46% em relação à semana anterior e de 39% em comparação com a média das últimas quatro semanas. Os principais compradores foram o México, a Colômbia e o Japão. As exportações somaram 1,1 milhão, um aumento de 7% em relação à semana anterior e de 5% sobre a média das últimas quatro semanas.
Trigo
Já o trigo negocia em leve queda de 0,09%, cotado a US$ 5,5150 por bushel, pressionado pelas boas colheitas na Austrália e na Argentina, além da força do dólar frente ao euro, o que torna o trigo americano menos competitivo. No entanto, as perdas são limitadas pela condição das lavouras de trigo de inverno na Rússia, onde o desempenho das safras tem sido negativo, e pela expectativa de que o país possa reduzir suas exportações nos próximos meses, avalia a consultoria.
As exportações de trigo somaram 376,2 mil toneladas nos EUA, uma redução de 7% em comparação com a semana anterior, mas um aumento de 11% em relação à média das últimas quatro semanas. As vendas líquidas, por sua vez, totalizaram 612,4 mil toneladas, um aumento de 34% em relação à semana anterior e de 64% em relação à média das últimas quatro semanas.