Logo nas primeiras horas desta quarta-feira (28), a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro deram início a uma operação com foco em empresas que lavam dinheiro para a milícia chefiada por Luiz Antonio da Silva Braga, o Zinho.
Em sete anos, de 2017 a 2023, o grupo criminoso que explora a zona oeste do Rio teria movimentado R$ 135 milhões.
Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em 21 endereços nos bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Campo Grande e Santa Cruz, na zona oeste da capital, além do município de Seropédica, na região metropolitana.
Os alvos da investigação são nove pessoas físicas e sete jurídicas.
A ação, batizada de “Cosa Nostra Fraterna”, é feita pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco/MPRJ), com o objetivo de desmantelar uma rede criada para promover a lavagem de dinheiro para a organização criminosa.
Policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) também participam da operação. Os mandados incluem a interdição de empresas suspeitas de envolvimento com a milícia e o bloqueio de bens móveis e imóveis.
Zinho se entregou à Polícia Federal na noite de 24 de dezembro de 2023, após tratativas que duraram cerca de uma semana entre os patronos do miliciano com a PF e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro.
Ele segue preso e prestou o primeiro depoimento à Justiça no último dia 8.
Apoio do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos
Esta é a primeira grande operação realizada no Rio com apoio do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra).
Esta força-tarefa – que conta com agentes da Polícia Civil e representantes de outros órgãos e instituições estaduais e federais – atua no combate a crimes financeiros e lavagem de dinheiro, asfixiando o tráfico e as milícias no Rio de Janeiro.
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