O petróleo recuou mais de 4% nesta terça-feira (10), após o relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) indicar uma desaceleração da demanda de alguns países, especialmente a China.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em queda de 4,31% (US$ 2,96), a US$ 65,75 o barril — o menor nível desde março de 2023 —, enquanto o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve perdas de 3,69% (US$ 2,65), a US$ 69,19 o barril, alcançando o menor nível desde dezembro de 2021.
Analistas da Moody’s justificam a queda nos preços da commodity como reflexo das expectativas de mercado sobre a demanda global. De acordo com a consultoria, o relatório da Opep tocou em um ponto sensível dos mercados, que é a demanda chinesa, que já estava em foco em pregões anteriores.
De acordo com a instituição, o mercado está mais pessimista em relação ao consumo de petróleo também por conta de uma desaceleração econômica e da eletrificação de frotas.
“O sintoma atual é de pessimismo gerado por essa perspectiva de um menor consumo não só no curto prazo, como também no longo prazo”, explica.
Para o Julius Baer, o momento difícil para os preços do petróleo deve continuar, o que os fez reduzir as expectativas para o óleo.
“A demanda está parcialmente estagnada, a produção cresce nas Américas e o mercado de petróleo provavelmente entrará em excedentes de fornecimento no ano que vem”, menciona, em relatório.
Nesta terça-feira (10), o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos também publicou o relatório Perspectiva de Energia no Curto Prazo (Steo, na sigla em inglês) de setembro, e reduziu a previsão para o preço médio do barril de Brent e do WTI.