O Ministério Público e a Polícia Civil do Rio de Janeiro prenderam quatro pessoas de uma organização criminosa que, segundo as investigações, lavava dinheiro e cometia fraudes bancárias em grande escala. As prisões ocorreram na manhã desta quinta-feira (13) na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Conforme as investigações, a quadrilha movimentou mais de meio bilhão de reais entre 2020 e 2022.
Outros dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos na capital fluminense e em Petrópolis. A operação conjunta, chamada Shell Company, visa acabar com esquemas de lavagem de dinheiro e fraudes bancárias em grande escala.
O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco) também denunciou à Justiça seis pessoas pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de capitais e organização criminosa.
Dois gerentes de uma instituição bancária de Petrópolis estão entre os denunciados. O banco teve prejuízo de R$ 8 milhões causados pelo grupo criminoso entre os anos de 2019 e 2020.
“O modus operandi do grupo consiste na utilização de documentação falsa para criar empresas fictícias, as quais são utilizadas para respaldar empréstimos milionários, desviados em benefício próprio”, diz a Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais, em nota.
Investigação
O nome da operação, Shell Company, é uma alusão a uma expressão inglesa que significa companhia de fachada e é utilizado para se referir a empresas sem atividade verdadeira, com o intuito de esconder a verdadeira atividade exercida por elas.
A investigação apontou que os recursos financeiros da organização foram concentrados na holding criada com o propósito de controlar onze empresas falsas, usadas para lavagem de dinheiro.
Os gerentes denunciados atestaram os documentos falsos e a atividade empresarial desenvolvida para abrirem contas das empresas de fachada, as quais seriam utilizadas para garantir os empréstimos milionários, além de vantagens como clientes do banco.
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