O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), se manifestou, nas redes sociais, sobre a saída do ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF), com uma publicação em tom de crítica, nesta quinta-feira (9/10).
Na publicação em português na rede X, o parlamentar chamou Barroso de “Woke”, disse que ele é “progressista declarado”, reduziu a influência da direita nas redes sociais e que censurou vozes conservadoras durante sua gestão à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nascida no movimento afro-americano, a expressão Woke foi adaptada para um uso mais geral a partir dos anos 2010. O termo passou a ser associado a políticas identitárias, causas socialmente liberais, feminismo, ativismo LGBT, cultura afro-americana e questões culturais. A palavra é usada, muitas vezes, no sentido pejorativo pela ala conservadora.
Confira:
Reprodução/ X
Eduardo também insinuou que o ministro teme ser sancionado pela Lei Magnitisky Globa, norma internacional que permite punir agentes públicos envolvidos em violações de direitos humanos e corrupção.
O deputado também afirmou que, recentemente, o ativista americano Mike Benz, ex-integrante do Departamento de Estado dos EUA, apresentou ao Congresso Nacional um vídeo com trechos da declaração de Barroso.
O material foi usado por deputados bolsonaristas como exemplo de susposta interferência da Justiça nas redes sociais.
Barroso diz que saída não tem nada a ver com sanções
Antes da publicação de Eduardo, Barroso afirmou que sua aposentadoria do STF não tem relação com as sanções impostas pelos EUA a magistrados brasileiros.
Em entrevista após o anúncio feito nesta quinta-feira (9), Barroso disse que já havia cumprido seu papel na Corte e que considerava ser o momento de dar lugar a outro ministro.
Ele também destacou que sempre defendeu o “modelo alemão, com mandatos de 12 anos”.
O ministro destacou, ainda, que tudo que precisava ser feito pelo STF foi concretizado dentro das regras da Constituição e das leis.