O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) anunciou nesta quinta-feira (24/7) uma ampla reestruturação organizacional, que inclui a transferência de grande parte de suas operações de Washington, D.C., para vários Estados.
A medida ocorre após a demissão de 15.364 funcionários que, segundo o departamento, aderiram voluntariamente ao Programa de Aposentadoria Diferida.
Segundo comunicado assinado pela secretária de Agricultura, Brooke Rollins, a reestruturação tem como metas redimensionar a força de trabalho, eliminar camadas de gestão, consolidar funções administrativas redundantes e fortalecer a presença regional do órgão. Funções consideradas críticas, como segurança alimentar, inspeções e combate a incêndios florestais, não serão impactadas.
Como parte do plano, o USDA transferirá equipes e operações para cinco cidades: Raleigh (Carolina do Norte), Kansas City (Missouri), Indianápolis (Indiana), Fort Collins (Colorado) e Salt Lake City (Utah). De acordo com o departamento, a mudança visa “aproximar o USDA dos produtores rurais” e reduzir despesas com folha de pagamento e infraestrutura. A expectativa é de que menos de 2 mil funcionários permaneçam em Washington, onde atualmente trabalham cerca de 4.600 servidores do USDA.
O USDA justificou a decisão destacando que, nos últimos quatro anos, o número de funcionários aumentou 8% e os salários subiram 14,5%, impulsionados pela contratação de milhares de profissionais sem uma fonte de financiamento sustentável. “Tudo isso ocorreu sem um aumento tangível na qualidade dos serviços prestados às partes interessadas do setor agrícola”, afirma o comunicado.
Rollins afirmou que o processo será gradual e conduzido com “respeito aos milhares de funcionários dedicados do USDA”.
A reorganização também prevê a devolução de prédios federais considerados subutilizados, como o South Building, o Braddock Place e o Centro de Pesquisa Agrícola de Beltsville. Segundo o USDA, o South Building opera atualmente com menos de um terço da capacidade e acumula cerca de US$ 1,3 bilhão em manutenção adiada.