Os alunos da Escola Municipal Mestre Pacífico Siqueira Campos, da Quadra Arno 44 (409 Norte), participaram nesta terça-feira, 19, de visita guiada à Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ), gerida pela Prefeitura de Palmas. Durante o passeio, aprenderam curiosidades sobre o mosquito transmissor da dengue, animais peçonhentos, tiveram uma aula com profissionais sobre a leishmaniose visceral e conheceram as instalações onde ficam cães e gatos resgatados e disponíveis para adoção.
A estudante do 6º ano Sara Isabele Coelho, de 11 anos, contou que se encantou pela cachorrinha Lilica e pretende pedir aos pais para adotá-la. “Eu vou conversar com meus pais, pois estamos procurando um cachorrinho para adotar e ela é do meu perfil”, disse. Sara, que já tem outros pets em casa, acredita que Lilica poderá se tornar parte da família em breve. “Aqui entendi o quanto o trabalho da UVCZ é importantíssimo”, ressaltou ela.
Para Luís Otávio Santos Miranda, também do 6º ano, de 12 anos, o aprendizado sobre animais peçonhentos e insetos foi o ponto alto da visita. “Aprendi sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito da dengue no quintal. O biólogo também explicou onde vivem os animais peçonhentos e os cuidados que devemos ter”, destacou. De acordo com a coordenadora de Vigilância e Controle Vetorial da UVCZ, Lara Betânia Araújo, a aproximação dos estudantes com a unidade ajuda a esclarecer o papel desempenhado pelo órgão e reforça a importância dos cuidados em saúde pública. “É uma oportunidade de mostrar como o trabalho é realizado e de ensinar as crianças um pouco mais sobre os serviços prestados”, afirmou.
Ao final da visita, os alunos participaram de uma atividade de pintura, que serviu como forma lúdica de expressar o que aprenderam durante a ação realizada com apoio dos profissionais e professores da escola. A iniciativa faz parte da programação da VII Semana das Leishmanioses, que ao longo da semana promove diversas atividades educativas sobre a doença, em uma parceria entre a Fundação Escola de Saúde Pública (Fesp) e a Secretaria Municipal da Saúde (Semus).
Leishmaniose
A leishmaniose é uma doença causada por um protozoário transmitido pela picada do mosquito-palha, também conhecido como birigui ou tatuquira. Existem dois tipos principais: a leishmaniose cutânea, que causa feridas na pele, e a leishmaniose visceral ou calazar, que afeta órgãos internos como fígado, baço e medula óssea.
Em cães, a doença é considerada uma das mais graves, podendo levar à morte do animal se não for tratada. Nos humanos, os sintomas da leishmaniose visceral podem incluir febre prolongada, fraqueza, emagrecimento, crescimento do baço e do fígado.
A prevenção é a melhor forma de proteção. Entre as principais medidas estão: manter quintais limpos, evitar acúmulo de folhas e lixo, usar coleiras repelentes em cães e procurar orientação veterinária ou médica ao perceber sintomas suspeitos.
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Texto: Rodrigo Marques
Edição: Juliana Matos