Os contratos futuros de soja com entrega para janeiro sobem 0,31% na manhã desta sexta-feira (28/11), a US$ 11,3500 por bushel. A sessão se inicia com baixo volume de negociações, em um dia com horário reduzido do pregão, após o feriado de Ação de Graças ontem nos Estados Unidos.
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O atraso no plantio da safra argentina gera atenção e contribui para a sustentação dos preços, segundo o analista Luiz Pacheco, da TF consultoria Agroeconômica. O país semeou 36% da área prevista, ritmo abaixo do observado no ano anterior e da média dos últimos cinco anos. O avanço lento da semeadura, somado ao início da segunda safra em algumas regiões, eleva a percepção de risco sobre a oferta futura.
Entre os elementos baixistas, que limitam as altas, o analista destaca que a China continua adquirindo soja dos Estados Unidos em volumes expressivos, mas de forma considerada política e não econômica, já que Brasil e Argentina oferecem produto mais competitivo. Essa dinâmica, somada ao caráter lento e irregular das compras chinesas, uma estratégia que aumenta a incerteza no mercado, tende a pressionar as cotações.
Além disso, rumores sobre uma possível suspensão das importações brasileiras foram descartados, com autoridades chinesas limitando o embargo a apenas cinco unidades entre mais de duas mil habilitadas, o que indica impacto limitado no fluxo comercial.
Milho e trigo
O milho para março cai 0,17%, a US$ 4,4450 por bushel. O trigo, por sua vez, vê os contratos para março caírem 0,93%, a US$ 5,3550 por bushel.
“Os maiores estoques de trigo russo estão retidos no interior do país, muito longe dos portos. Isto é um grande problema, porque agora a neve congela os rios e dificulta o transporte ferroviário para os portos. Já os estoques da região Sul, que é a principal região exportadora, estão em seus níveis mais baixos em 4 anos”, disse Pacheco, citando o Relatório Sizov.
Além disso, a colheita na Argentina chegou a 33,9%, segundo a bolsa de Comércio de Rosario, contribuindo para a baixa dos preços em meio a uma ampla oferta global.
