O volume do setor de serviços no Brasil avançou 0,1% em agosto, sétimo resultado positivo em sequência. No acumulado de no ano, registra alta de 2,6%. Com relação a agosto de 2024, o volume de serviços avançou 2,5%, somando 17 taxas positivas consecutivas.
O resultado foi puxado pelos serviços de transporte aéreo, com alta de 22% com relação ao mês anterior, e serviços de Tecnologia da Informação, com alta de 11,5%.
Em 12 meses, houve alta de 3,1%, marcando uma ligeira aceleração do ritmo de crescimento frente ao acumulado até julho (3%). Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (14/10).
O setor de serviços no Brasil
- A Pesquisa Mensal de Serviços monitora a receita bruta de serviços nas empresas formais, com 20 ou mais trabalhadores. São excluídas as áreas de saúde e educação;
- A próxima divulgação da PMS referente a setembro será em 12 de novembro;
- Em 2024, o volume de serviços fechou com alta de 3,1%, quarto ano seguido de crescimento.
Setor de transportes e de turismo
Segundo o IBGE, o volume de transporte de passageiros registrou variação positiva de 0,3% na passagem de julho para agosto, impulsionado pelo rodoviário coletivo de passageiros. Dessa forma, o segmento está 9,9% acima do nível de fevereiro de 2020 e 15,6% abaixo de fevereiro de 2014, ponto mais alto da série histórica.
Para o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, os transportes são responsáveis por sustentar boa parte do crescimento dos serviços. “O transporte rodoviário coletivo de passageiros e o transporte aéreo têm crescido bastante nesses últimos meses. Tem também o rodoviário e o ferroviário de carga, que vem na esteira do bom momento da agricultura ajudando a explicar esse crescimento mais continuado do setor de serviços”, disse.
Sobre o setor de turismo, o índice de atividades turísticas cresceu 0,8% em agosto, após três resultados negativos seguidos, período em que acumulou perda de 2,1%. Com isso, o segmento de turismo está 11,5% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 2,0% abaixo do ápice da série histórica, em dezembro de 2024, explica o IBGE.
“Havia uma pressão do aumento de preços das passagens aéreas, que acabou reduzindo o volume do transporte aéreo em junho e julho, que é um dos principais componentes do turismo, levando assim a atividade turística a recuar nos últimos meses. Então essa alta de 0,8% vem de uma base de comparação mais baixa”, avaliou Lobo.
Variação de outros setores
Serviços prestados às famílias: 2,3%
Alojamento e alimentação: 2,8%
Outros serviços às famílias: -0,8%
Serviços de informação e comunicação: 5,9%
Tecnologia da informação e comunicação (TIC): 6,5%
Telecomunicações: 1,8%
Serviços de TI: 11,5%
Audiovisuais: 1,4%
Serviços profissionais, administrativos e complementares: 3,3%
Serviços técnico-profissionais: 5,3%
Serviços administrativos e complementares: 1,8%
Transportes, auxiliares e correio: 2,5%
Transporte aquaviário: 3,5%
Transporte aéreo: 22,0%
Armazenagem e correio: 3,0%
Outros serviços: -2,1%.