O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) do Rio Grande do Sul renovou o seguro pecuário contra a febre aftosa nesta segunda-feira (2/6), junto à seguradora Swiss RE Corporate Solutions. Desde 2021, a apólice tem segurado o rebanho gaúcho de quase 12 milhões de cabeças de bovídeos.
O seguro, que foi pioneiro e ainda o único no país nessa modalidade, tem uma franquia de R$ 13,35 milhões e assegura até R$ 50 milhões. Ou seja, quando o valor da indenização ultrapassar R$ 13,35 milhões já indenizados pelo fundo, a seguradora passa a indenizar os produtores no limite de R$ 50 milhões.
O prêmio pago pelo Fundesa é de R$ 2,42 milhões, o que equivale a R$ 0,37 por cabeça segurada. Estão incluídos na apólice bovinos de corte e de leite.
Para o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, o seguro dá mais tranquilidade para a atividade pecuária, mas não substitui os cuidados do produtor. “O Rio Grande do Sul conta com uma série de ferramentas que contribuem com a prevenção e controle de doenças de notificação obrigatória, como a Plataforma de Defesa Sanitária Animal e o programa Sentinela”, afirma. Mesmo assim, Kerber destaca que o produtor precisa continuar fazendo a sua parte, adotando medidas de biosseguridade e transportando animais somente mediante Guia de Trânsito Animal.
O Rio Grande do Sul é certificado como área livre de febre aftosa sem vacinação há quatro anos. No dia 29 de maio, o Brasil obteve o reconhecimento internacional de país livre de febre aftosa sem vacinação. O status sanitário foi aprovado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e deve facilitar o acesso a novos mercados compradores de produtos bovinos ou a ampliação de exportações.