Goiânia – Após uma força-tarefa apreender, nesta segunda-feira (17/11), quase 30 toneladas de sabão em pó com indícios de falsificação, durante fiscalização que ocorreu em Aparecida de Goiânia, Goianira, Itaberaí e Bela Vista de Goiás, é natural que o consumidor goiano fique apreensivo no momento em que for adquirir o produto. Afinal, foram 19.348 unidades de sabão em pó recolhidas das prateleiras de supermercados.
Mas você sabe identificar quando um sabão em pó não é autêntico e não tem qualidade? O Metrópoles ajuda a verificar.
De acordo com o superintendente do Procon Goiás, Marcos Palmerston, o consumidor pode perceber as irregularidades. “As embalagens falsificadas são mais frágeis, a cola é de menor qualidade e o cheiro do produto é mais fraco. Ao notar qualquer alteração, é possível acionar o Procon pelo 151”, orientou.
Veja algumas caracteríticas do produto falso, para não levar gato por lebre na hora da compra:
- Caixas mal vedadas, o que causa vazamento do produto pelas bordas da embalagem;
- Lacre da caixa é facilmente aberto;
- Resíduos no fechamento do lacre. O produto falsificado, geralmente, é vedado com cola quente;
- Erros ortográficos e má impressão na embalagem. Por exemplo: “Sem resíduos que danficam”, “embalagem fechada e em loca seco” e “lava roupas,em geral não são”;
- Data de produção e código de identificação do lote não são grafados em alto-relevo;
- Granulagem grossa e baixa produção de espuma.
Operação conjunta
- A força-tarefa foi realizada pelas secretarias de Segurança Pública (SSP), da Economia e de Indústria, Comércio e Serviços (SIC) de Goiás. Participaram ainda o Procon Goiás, Polícia Civil e a Polícia Científica.
- O subsecretário de Segurança Pública, Gustavo Carlos Ferreira, explicou que a ação foi motivada por denúncias da indústria fabricante.
- A Receita Estadual também integra as investigações. O superintendente de Fiscalização Regionalizada da Secretaria da Economia, Gustavo Henrique dos Reis Cardoso, explicou que o esquema envolve empresas de fachada com uso de “laranjas”.
Investigação
O delegado adjunto da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), Khlisney Kesser, informou que a Polícia Civil irá mapear a aquisição dos produtos pelos supermercados fiscalizados.
“Vamos verificar a veracidade das notas fiscais e rastrear a origem do material com apoio da Secretaria da Economia. Esperamos que esses produtos não estejam sendo fabricados em Goiás, mas vamos identificar onde são produzidos”, disse. Segundo ele, os envolvidos podem responder por falsificação de produtos, exposição de itens nocivos ao comércio, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
“Produtos falsificados são vendidos sem pagamento de impostos, prejudicam consumidores pela baixa qualidade, geram concorrência desleal e reduzem a arrecadação, afetando investimentos públicos. Estamos rastreando a origem dos produtos e orientando a população a desconfiar de preços muito abaixo do mercado”, ressaltou Gustavo Cardoso.







