O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que a reforma administrativa comece pelos chamados supersalários. A declaração foi realizada nesta segunda-feira (2).
“Nós já mandamos algumas dimensões da reforma administrativa que, na minha opinião, deveriam preceder toda e qualquer votação, que é a questão dos supersalários e do acordo que foi feito com as Forças sobre aposentadoria. Nós daríamos um bom exemplo para começar a discutir esse tema, começando pelo topo do serviço público”, disse Haddad.
Em conversa a jornalistas, Haddad destacou que há aspectos na reforma administrativa, em tramitação no Congresso Nacional, que podem aumentar os gastos do governo, como “toda a parte de segurança”.
“Tem aspectos da Reforma Administrativa que aumentam o gasto. Eu tenho alertado o Congresso já há algum tempo, vou falar com o [deputado] Pedro Paulo, tem dispositivos da PEC 32 que aumentam gasto. Toda a parte de segurança aumenta o gasto”, afirmou Haddad.
IOF
Em relação ao plano alternativo para o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Haddad disse que a equipe econômica considera duas possibilidades.
A primeira possibilidade, segundo Haddad, é “corrigir distorções do sistema financeiro”. O ministro, no entanto, não detalhou quais distorções podem ser corrigidas.
Outra alternativa que está sendo estudada é a implementação de novas reformas estruturais. De acordo com o ministro, a medida é necessária para evitar a elaboração de um novo pacote fiscal a cada ano, como o que foi enviado ao Congresso Nacional no final de 2024.
