A produção de rações, concentrados e suplementos minerais deve alcançar 90 milhões de toneladas neste ano, aumento de 2,7%, estimou nesta quarta-feira (4/12) o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).
O sindicato ressaltou, no entanto, que os números ainda podem mudar. “A perspectiva no horizonte anual ainda reserva variações, à exemplo do incremento das rações para poedeiras, bovinos de corte e aquacultura, ao contrário da expectativa mais moderada em relação à alimentação industrializada do plantel leiteiro, das aves e dos suínos”, disse Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, em nota.
O segmento de alimentação para aves poedeiras tem produção estimada em 7,35 milhões de toneladas, alta de 6,5%. Para os frangos de corte, o volume projetado é de 37,1 milhões de toneladas, com avanço de 1,8% no comparativo anual. Somando os dois segmentos, a produção de ração para aves deve chegar a 44,5 milhões de toneladas, aumento de 2,6%.
A queda nas despesas com matérias-primas usadas na alimentação animal contribuiu com o aumento de produção. O custo da ração para frangos de corte recuou 7,9% no acumulado do ano até setembro, sobretudo por conta dos preços do milho e da soja que caíram, de janeiro até setembro, mais de 7% e 4% respectivamente.
“Importante salientar que o custo do farelo de soja continuou recuando até novembro, ao contrário do milho (17% mais caro que aquele praticado em setembro) e do dólar, cuja cotação superou a marca dos R$ 6,00”, pontuou o sindicato.
Outros setores
Na área de bovinos, a produção de rações foi estimada em 13,8 milhões de toneladas para 2024, alta de 4,2%, sendo 7,01 milhões de toneladas na pecuária de corte (+7%) e 6,8 milhões de toneladas na pecuária de leite (1,5%). Os suínos devem representar 21 milhões de toneladas das rações, leve alta de 1%.
Em aquacultura, o sindicato espera que o país feche 2024 com fabricação de 1,76 milhão de toneladas de ração, aumento de 8,8%, puxado pelo segmento de peixes.
Alimentação para cães e gatos deve atingir 4,01 milhões de toneladas, aumento de 3,5%, enquanto o segmento de equinos ficará estável em 640 mil toneladas neste ano.
Ao todo, a produção nacional de rações tende a somar 86,4 milhões de toneladas, com avanço de 2,6%, enquanto o sal mineral (usado na suplementação de gado) deve alcançar 3,61 milhões de toneladas, alta de 7%.