A United Airlines foi empurrada para o vermelho por conta dos contínuos problemas de qualidade da Boeing, disse a companhia aérea na terça-feira (16).
A empresa sofreu um prejuízo de US$ 200 milhões no primeiro trimestre, depois que o Boeing 737 Max 9 foi aterrado após o incidente com o plugue da porta a bordo de um voo da Alaska Airlines.
A United não disse se espera ou não ser reembolsada pela Boeing pelo custo do encalhe de seus 737 Max 9 por três semanas após o incidente de 5 de janeiro. Mas disse que teria sido lucrativo sem o custo do aterramento.
A United, que depende de aviões Boeing para cerca de 80% de sua frota principal, tinha 86 jatos Max 9, mais do que qualquer outra companhia aérea no mundo, e foi particularmente atingida pelos problemas da Boeing.
Mas a United também foi atingida por uma série de outros incidentes, incluindo motores pegando fogo e rodas caindo de aviões. São casos que receberam cada vez mais atenção com a crise de segurança na Boeing.
Isso forçou o CEO da United, Scott Kirby, a contatar os clientes para lhes garantir que a própria companhia aérea se concentraria mais na segurança dos seus próprios funcionários. A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) também disse que está colocando a United sob maior escrutínio.
Os problemas de publicidade da Boeing e o encalhe dos jatos não foram os únicos caminhos pelos quais a fabricante de aviões prejudicou a United.
A companhia aérea disse na terça-feira que agora espera receber apenas 61 jatos de corredor único da Boeing este ano, 40 a menos do que havia previsto no início do ano.