O cuidado integral com a saúde da mulher tem ganhado cada vez mais destaque entre o público feminino mineiro. Programas e campanhas, como o Outubro Rosa, têm amplificado a conscientização de mulheres sobre a prevenção de doenças, que podem ser descobertas em estágios iniciais ou, até mesmo, serem evitadas, como o câncer de colo do útero. Neste cenário, a campanha Março Lilás ganha espaço para reforçar os cuidados como a imunização.
“A prevenção com a saúde da mulher começa com atos simples, como a prática de exercício físico, hábitos de vida saudáveis, além de acompanhando ativo em relação a saúde com checapes regulares”, enfatiza a ginecologista Lia Drumond, da Clínica Orizonti em Itabira (MG). “A prevenção primária, através da vacinação contra o HPV, continua sendo um pilar fundamental na luta contra o câncer de colo do útero. A vacina nonavalente, com sua cobertura abrangente contra os principais tipos de HPV oncogênicos, é uma ferramenta indispensável na proteção da população”, completa a especialista.
Além da imunização, o rastreamento regular, por meio do exame Papanicolau, permanece como um método essencial para a detecção de alterações celulares precursoras do câncer de colo do útero. A periodicidade do exame deve ser individualizada, conforme orientação médica, considerando o histórico clínico e os fatores de risco de cada paciente.
“Muitas mulheres ainda têm dúvidas básicas sobre o tema, então, é importante que os profissionais de saúde se dediquem a esclarecer essas inseguranças fornecendo informações claras e acessíveis. A educação sexual também é uma importante ferramenta de proteção para meninas e adolescentes que ainda estão aprendendo a cuidar da saúde feminina”, finaliza a ginecologista.
Avanços no tratamento e a busca pela cura
Quando a prevenção não é suficiente, o tratamento do câncer entra em jogo como medida principal. A oncologista Carolina Rutkowski, do Casa Delas, destaca os avanços na área: “A implementação do rastreamento do HPV, através da pesquisa direta do DNA viral no colo do útero, representa um avanço significativo na detecção precoce da doença. A alta sensibilidade deste método permite identificar a presença do vírus antes mesmo do surgimento de alterações celulares, possibilitando intervenções terapêuticas mais oportunas e eficazes”, explica.
O “Março Lilás” representa uma oportunidade crucial para reforçar a mensagem de que o câncer de colo do útero é uma doença evitável e tratável. A priorização da prevenção, o cuidado integral à saúde da mulher e a busca por tratamentos inovadores são fundamentais para reduzir a incidência e a mortalidade desta patologia, garantindo a saúde e o bem-estar da população feminina.
“A imunoterapia, combinada com a quimioterapia, tem demonstrado resultados encorajadores, abrindo novas perspectivas para o tratamento do câncer de colo do útero em estágios mais avançados”, comenta a especialista.