O governo brasileiro ainda não definiu a autoridade que presidirá a COP30, conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU), que será sediada em Belém, em novembro.
O Brasil está atrasado na indicação do nome, se comparado a países que sediaram o evento em anos anteriores. O Azerbaijão, sede da COP29 em novembro do ano passado, nomeou Mukhtar Babayev presidente da conferência em 4 de janeiro.
Os Emirados Árabes Unidos, que receberam a COP28 em novembro de 2023, definiram o nome de Sultan Al Jaber para presidir a conferência em 12 de janeiro daquele ano.
A demora na definição da autoridade que presidirá a conferência atrasa a interlocução de alto nível do Brasil com outros países.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiou uma reunião que ocorreria na tarde desta quarta-feira (15) sobre a COP30 e que poderia avançar na definição do nome do presidente brasileiro da conferência.Play Video
O encontro reuniria os ministérios da Casa Civil, Relações Exteriores e Secretaria de Comunicação Social (Secom), além do assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim. As pastas aguardam a remarcação da reunião.
A CNN mostrou em novembro que o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin havia ganhado força para presidir a conferência em Belém. Alckmin liderou a delegação brasileira na COP29 em Baku, no Azerbaijão.
A ideia do governo brasileiro era indicar um “nome forte” para comandar a conferência climática no próximo ano — e, de quebra, fazer um aceno político ao vice-presidente. Fontes apontam agora, no entanto, que esse movimento perdeu força.
Também foram cotados o secretário do clima e meio ambiente do Itamaraty, André Corrêa do Lago, e a secretária de mudança climática do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni.