A prefeitura de Porto Alegre estuda construir uma cidade provisória para atender famílias desabrigadas após as fortes chuvas na capital gaúcha. A ideia, ainda em fase de discussão, é acolher cerca de 10 mil pessoas em estruturas provisórias.
Segundo autoridades envolvidas no projeto, a estrutura poderia ser erguida no bairro Porto Seco, próximo ao centro da capital. As moradias seriam montadas num complexo planejado para receber desfiles de carnaval na cidade.
Entre integrantes da prefeitura, há quem defenda que a segurança da “cidade” seja realizada, robustamente, por integrantes das Forças Armadas.
A defesa é pela aplicação de uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem), que permite o uso de militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica na segurança pública do estado. A utilização do aparato militar, no entanto, enfrenta resistência por parte do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
O projeto deve ser apresentado oficialmente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (15), durante visita de uma comitiva presidencial ao estado gaúcho.
De maneira informal, integrantes do governo ouvidos pela reportagem questionaram a medida. A avaliação é que a estrutura provisória poderia afastar ainda mais o acesso da população aos serviços de assistência social.
Opositores ao projeto defendem, em vez disso, a adoção de aluguéis sociais em moradias vazias. Um levantamento interno da prefeitura aponta a existência de 100 mil imóveis desse tipo, após as tempestades
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