Os preços do milho seguiram em queda na última semana no mercado brasileiro, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Na sexta-feira (15/8), o indicador do Cepea, baseado na região de Campinas (SP), registrou a cotação de R$ 63,26 para a saca de 60 quilos, uma queda de 0,44% desde o início de agosto.
Segundo o Cepea, além da pressão externa, refletindo estimativas de produção global recorde, com destaques para os Estados Unidos e Brasil, a postura retraída de compradores também influenciou as baixas domésticas. Esses demandantes apostam em desvalorizações mais expressivas, fundamentados no avanço da colheita, nas dificuldades de armazenamento da safra recorde e ainda na necessidade de venda para o pagamento das dívidas de agosto e setembro, conforme explicam pesquisadores.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima a safra americana de milho 2025/26 em volume recorde, de 425,25 milhões de toneladas; para o Brasil, são previstas 131 milhões de toneladas. No agregado, a produção mundial será de 1,28 bilhão de toneladas, acima das 1,22 bilhão de toneladas da temporada 2024/25.
Especificamente para o Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que, em 2024/25, serão produzidas 137 milhões de toneladas, 18% superior à temporada 2023/24 e também um recorde.