Após alguma força de alta vista no início da semana, os preços dos grãos caíram na bolsa de Chicago, com a combinação de fatores técnicos e fundamentais.
O trigo liderou as baixas na sessão desta sexta-feira (25/10). Depois de três altas consecutivas, os lotes do cereal para dezembro fecharam em queda de 2,15%, cotados a US$ 5,69 o bushel.
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De acordo com Élcio Bento, analista da Safras & Mercado, as cotações atingiram o fundo do poço e agora tentam encontrar um limite de baixa.
“O que tem pesado no mercado de trigo nos últimos tempos é a questão climática para a safra de inverno no Hemisfério Norte, com o clima mais seco que o normal em algumas áreas dos EUA e da Rússia”, pontua o analista.
Com o clima no foco dos investidores, o retorno das chuvas para áreas produtoras nesses países agora causam uma pressão de baixa. O clima melhorou recentemente também em outro grande fornecedor de trigo, a Argentina.
“Olhando para a situação de oferta e demanda nós temos um viés de alta para as cotações. Os preços seguem uma trajetória de valorização, e quando aparece alguma notícia de chuva os investidores realizam lucros. Por isso essa queda não representa uma tendência”, explica Bento.
Mesmo que o clima adverso levante preocupações no que diz respeito a produção, o analista afirma que é cedo para falar em quebra de safra em função desse cenário.
Milho
O preço do milho também cedeu depois de um curto período em elevação. As cotações que vinham em uma trajetória de quatro altas consecutivas na bolsa de Chicago, caíram na sessão desta sexta.
Os contratos para dezembro recuaram 1,48%, para US$ 4,1525 o bushel.
Durante a semana, os preços do cereal permaneceram apoiados por informações sobre aumento da demanda nos EUA.
Apesar do anúncio de mais 136 mil toneladas negociadas com o México hoje, investidores optaram por olhar para os fundamentos de médio prazo, como o avanço da colheita em solos americanos.
Soja
Nos negócios da soja na bolsa de Chicago, os papéis para novembro fecharam em queda de 0,85%, cotados a US$ 9,8775 o bushel.
Se no início da semana as cotações ensaiaram uma alta, ultrapassando os US$ 10 o bushel em alguns momentos, o foco voltou a cair sobre o ritmo acelerado de colheita nos EUA e ainda nos bons prognósticos de chuvas para áreas produtoras do Brasil.