O mercado físico do boi gordo encerrou o mês de março com preços estáveis na maioria dos Estados brasileiros, inclusive São Paulo, que é tido como referência para a arroba. No entanto, levantamento da Scot Consultoria identificou altas em cinco “praças” pecuárias espalhadas pelo país nesta segunda-feira (31/3): sul de Minas Gerais, Dourados (MS), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e Espírito Santo.
Em São Paulo, o boi gordo foi negociado a R$ 317 por arroba, a vaca a R$ 284 e a novilha em R$ 297 por arroba. O “boi China”, que possui características para produção de carne que será enviada aos chineses, está apregoado em R$ 320, conforme dados da Scot.
A consultoria ressaltou que as cotações do boi gordo e a da novilha subiram R$ 3 por arroba cada na região de Dourados (MS). Com os avanços, na variação diária, o gado gordo passou a ser comercializado a R$ 312 e a novinha a R$ 292, respectivamente. Para a vaca, a alta foi de R$ 2, subindo a R$ 288 por arroba.
Em Campo Grande (MS), o boi gordo também subiu R$ 2, para R$ 310 a arroba. Para a vaca e para a novilha, os ganhos foram mais intensos, de R$ 5 por arroba na cotação, sendo ofertadas em R$ 285 e R$ 295, respectivamente.
Especialistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informaram em nota que o mercado de gado para abate, em geral, seguiu firme. “Grande parte dos compradores ofertou R$ 5 a mais pela arroba”.
Outros frigoríficos estiveram interessados em comprar, mas não ofertaram valores maiores e com isso, fecharam poucos negócios.
“As ofertas continuaram baixas, mas alguns agentes da indústria disseram ser o suficiente para cumprir a escala de abate. A maior parte das escalas está entre sete e oito dias”, afirmaram os analistas do Cepea.
Em São Paulo, alguns frigoríficos estiveram fora das compras, analisando se há espaço para abrir preço a partir desta terça-feira (1/4).
“De modo geral, a liquidez esteve baixa. Pecuaristas seguem bastante resistentes, ainda na expectativa de preços maiores”, acrescentou o Cepea.