A Secretaria Municipal de Saúde confirmou, nesta sexta-feira (25), a terceira morte por dengue em Porto Alegre neste ano. Segundo a pasta, a vítima era uma mulher de 26 anos, que tinha comorbidades.
Os primeiros sintomas teriam aparecido no fim de março. No dia 5 de abril, a mulher foi transferida para UTI por conta de broncopneumonia e síndrome neuroléptica maligna. A morte dela ocorreu em 13 de abril.
Além deste caso, Porto Alegre já havia registrado a morte de outras duas mulheres por complicações da dengue, uma de 59 e outra de 72 anos, ambas com comorbidades. A prefeitura informou que quatro mortes suspeitas seguem em investigação.
A Capital Gaúcha registra 5.259 casos de dengue desde o início do ano. A cidade identificou três dos quatro sorotipos do vírus da dengue: DENV1, DENV2 e DENV3. A presença simultânea de múltiplos sorotipos aumenta o risco de casos graves e reforça a necessidade de atenção redobrada à prevenção e ao cuidado com os sintomas.
Porto Alegre está em situação de emergência em saúde pública desde o dia 17 de abril.
Cinco barracas foram disponibilizadas pelo Exército para atendimento de pessoas com sintomas de dengue. Elas devem começar a funcionar nesta segunda-feira (28) e ficam ao lado dos postos Santa Fé, Camaquã, Modelo, Primeiro de Maio e Timbaúva. Os pontos funcionarão como estações de hidratação, ampliando os atendimentos. O horário de funcionamento das tendas será o mesmo das unidades de saúde.
Além disso, um Hospital de Campanha para atender pacientes com sintomas de dengue foi montado na semana passada junto à Unidade de Pronto-Atendimento Moacyr Scliar. A estrutura é fornecida pelo Ministério da Saúde e funciona 24 horas.Play Video
Atualmente, a vacinação contra a dengue em Porto Alegre está suspensa por falta de doses, segundo a Prefeitura.
A orientação é para que pessoas com sintomas leves — como febre, dor de cabeça e dor no corpo — procurem atendimento na unidade de saúde de referência.
Em casos com sinais de alerta, como vômitos persistentes, dor abdominal intensa, tontura, sangramentos, dificuldade para se alimentar ou sinais de desidratação, o ideal é buscar atendimento imediato em uma UPA ou pronto atendimento.