A Polícia Civil de São Paulo investiga uma agressão ocorrida no último final de semana dentro do Clube Athletico Paulistano, localizado na Rua Honduras, no Jardim Paulista, zona oeste da capital. O caso envolve uma babá de 26 anos e um associado do clube.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ambos compareceram ao 78º Distrito Policial (Jardins), entre os dias 24 e 26 de maio, e alegaram ter sido agredidos durante um desentendimento nas dependências do clube. A Polícia Civil requisitou exames de corpo de delito para os dois, e o caso foi registrado como lesão corporal.
A Federação das Empregadas e Trabalhadores Domésticos de São Paulo (Federação Domésticas-SP) publicou nota de repúdio ao episódio nas redes sociais, afirmando que a babá foi agredida com um soco na boca por um associado, após intervir em uma situação que envolvia crianças sob sua responsabilidade.
Segundo a entidade, o agressor teria filmado a profissional sem autorização e reagido de forma “violenta e desproporcional” quando confrontado.
“A agressão sofrida pela babá escancara a tentativa de silenciar e subjugar a mulher trabalhadora, sobretudo em espaços elitizados que insistem em invisibilizar quem cuida”, declarou a federação. A nota ainda destaca que o caso revela traços de violência de gênero, racismo estrutural e desvalorização do trabalho de cuidado.
A entidade cobrou do Clube Athletico Paulistano a apuração rigorosa dos fatos, responsabilização do agressor, acolhimento à vítima e a adoção de medidas concretas para coibir condutas abusivas contra profissionais que atuam nas dependências da instituição.
Em nota enviada à CNN, o Paulistano informou que está apurando o caso com base em imagens e relatos para que as providências cabíveis sejam adotadas, conforme suas normas internas de conduta.