Parlamentares de oposição planejam visitar, na próxima quinta-feira (24), o general Walter Braga Netto na prisão.
O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) está detido nas instalações do Exército, no Rio de Janeiro, desde dezembro do ano passado.
Esse será o primeiro contato do militar com congressistas desde que foi detido. Até aqui, Braga Netto só recebeu visitas de familiares e advogados.
O encontro começou a ser organizado poucos minutos após liberação da medida pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Segundo investigações da Polícia Federal, o general tentou interferir na apuração do planejamento de um golpe de Estado em 2022. Além disso, teria tentado, também segundo as investigações, obter acesso ao conteúdo da colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens Bolsonaro.
Inicialmente, o primeiro grupo a visitá-lo deve ser composto pelos senadores do PL Hamilton Mourão, Damares Alves e Izalci Lucas, autor da solicitação.
Ao todo, Moraes concedeu autorização a 24 parlamentares de siglas como União Brasil, Podemos, PSB, Republicanos e PP.
O ministro proibiu, porém, a entrada no presídio com celulares e câmeras, assim como registro fotográfico das visitas.
Nos bastidores, parlamentares autorizados a visitarem o general reclamam de demora para a liberação da medida. Ainda em dezembro, Mourão já havia manifestado a vontade de visitar o colega de caserna em entrevista à CNN.
A expectativa é de que os parlamentares se organizem em grupos e negociem com a defesa novas datas para encontros, especialmente após o feriado de Páscoa, quando retornarão aos trabalhos no Congresso Nacional.