O ex-presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reagiu às críticas de aliados e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (27). “Convivo com este tom agressivo da extrema direita desde antes de ser presidente do Senado”, afirmou em nota enviada à CNN.
“Nunca abaixei a cabeça para esse grupo, que só faz gritar e agredir. Não propõe nada de relevante e útil”, completou.
O senador passou a ser alvo de críticas após participar de evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última quinta-feira (24). Durante a agenda no Vale do Jequitinhonha, no interior de Minas Gerais, Pacheco criticou a defesa da anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos nos ataques de 8 de Janeiro.
“Os mesmos que negam a democracia, hoje pretendem, repito, uma ‘anistia ampla, geral e irrestrita’, que haverá de ser resistida por cada um de nós, homens públicos responsáveis”, declarou o senador na ocasião.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) usou as redes sociais para criticar Pacheco pela declaração. “Rasgou a fantasia. Discurso aloprado”, escreveu em uma postagem no X (antigo Twitter).
O deputado Federal Giovani Cherini (PL-RS) afirmou, também no X, que o ex-presidente do Senado estava “bajulando Lula”. “É tanto teatro, tanta narrativa repetida, que fica difícil saber se estamos assistindo ao Jornal Nacional, ou a um ensaio geral da campanha de 2026”, escreveu.
Em nota, após a reação dos bolsonaristas, Pacheco defendeu que a fala tratou-se “de uma defesa da democracia” e que teria externado repúdio a tentativa de golpe. “Entendo que essa postura deveria ser obrigação de todos, esquerda, centro e direita”, disse.