O sismólogo Bruno Collaço, do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), afirma que os moradores de cidades paulistas podem continuar sentindo tremores pelos próximos dias ou até pelas próximas semanas.
Collaço explica que os tremores estão associados com o forte terremoto que atingiu a região de Antofagasta, no Chile, próximo à fronteira com a Argentina. A magnitude foi de 7,4 graus na escala Richter.
“Os sismos que ocorrem nos Andes, a depender da magnitude e da profundidade, podem a ser sentidos em São Paulo, porque São Paulo está em uma bacia sedimentar que tem a característica de amplificar as ondas sísmicas”, diz.
“Então, ainda mais pelo sismo ter ocorrido à noite, em que as pessoas estão em um momento mais calmo do dia, esse tremor pode vir a ser sentido principalmente em bairros mais altos e também por pessoas que estão dentro de prédios”, acrescenta.
Apesar do susto, o especialista ressalta que é “muito pouco provável” que esses tremores causem algum dano estrutural. “Esse tremor não vai causar nenhum problema numa distância tão grande como essa”, acrescenta Collaço.
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