A proximidade da Black Friday gera expectativa entre varejistas online pelo aumento do volume de clientes. O movimento, porém, também é acompanhado com cautela diante da oportunidade para ações criminosas.
E a preocupação não é desmedida, já que 48% das empresas digitais no Brasil perdem entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões por ano devido fraudes, mostra levantamento realizado pela Adyen, plataforma de tecnologia de pagamentos, com exclusividade para a CNN.
Segundo a pesquisa, das 400 companhias entrevistadas, 18% tiveram perda abaixo dos R$ 3 milhões, enquanto para 34% o prejuízo foi acima de R$ 5 milhões.
“Essa preocupação cresce nos últimos meses do ano. Isso porque a estratégia do varejo em períodos aquecidos, como a Black Friday, costuma ser centrada em aumentar o número de vendas, o que nem sempre envolve o cálculo correto de risco de fraudes”, aponta o levantamento.
Renato Migliacci, vice-presidente de vendas da Adyen Brasil, explica que os golpistas utilizam instrumentos de pagamento corrompidos e se aproveitam de sistemas desatualizados dos varejistas para cometerem os crimes.
“As empresas devem adotar ferramentas de gestão de risco robustas, que utilizam dados transacionais em tempo real e que gerem insights sobre comportamento de risco”, diz o especialista.
E não são somente as empresas que saem no prejuízo. De acordo com o levantamento, 63% dos 2 mil consumidores consultados gostaria de ter mais segurança ao realizar um pagamento.
Para efetuar a compra, as pessoas utilizam, em sua maioria, o cartão de crédito, seguido pelo cartão de débito e Pix.