Os contratos de café arábica encerraram o pregão de segunda-feira em alta de 2,16% (860 pontos) na bolsa de Nova York, a US$ 4,065 a libra-peso (vencimento dezembro). É a quinta sessão consecutiva de alta.
Os preços se apoiaram na queda dos estoques do grão certificados pela ICE Futures. Na sexta-feira, eles chegaram ao menor volume desde outubro de 2020, com 26.896 sacas.
Além disso, Boletim do Escritório Carvalhaes aponta que as incertezas climáticas, com a seca nas áreas produtoras do Brasil, seguem criando insegurança aos operadores de mercado.
Açúcar fecha em alta
Os papéis de açúcar demerara terminaram o dia em alta de 1,42% (22 pontos) em Nova York, cotados a 15,72 centavos de dólar a libra-peso. O resultado é uma inversão ao comportamento da semana passada, quando o açúcar caiu 4%.
Na semana passada, o relatório da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) sobre a produção da segunda quinzena de setembro confirmou o movimento em curso no Centro-Sul de redução do direcionamento da cana para a produção de açúcar.
Acompanhe as cotações de commodities agrícolas. Acesse aqui
Segundo a Unica, as usinas do Centro-Sul destinaram 51,2% do caldo da cana processada no período para a produção de açúcar, abaixo dos 53,5% registrados na primeira quinzena do mês. De acordo com Luciano Rodrigues, diretor de inteligência setorial da Unica, foi a terceira quinzena consecutiva em que o mix de produção voltado para o açúcar recuou.
Na outra ponta, as exportações brasileiras de açúcar seguem aquecidas. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume médio diário exportado nos primeiros oito dias do mês foi de 225,179 mil toneladas, alta de 32,8% em comparação com o mesmo período de 2024.
Suco de laranja sobe
Os preços do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) fecharam em alta na bolsa de Nova York. O contrato para novembro de 2025 ajustou para 1,8645 por libra-peso, aumento de 1,72%. O vencimento janeiro de 2026 encerrou a sessão cotado a US$ 1,8830 a libra, valorização de 1,84%.
Preço do cacau recua
Os preços do cacau na bolsa de Nova York recuaram 0,07% (US$ 4) nesta segunda-feira, com os lotes que vencem em dezembro a US$ 5.899 a tonelada.
Na semana passada, o mercado foi impactado por dados de moagem nas principais regiões consumidoras. Se os dados de moagem de cacau na Europa surpreenderam o mercado, na Ásia, as informações vieram em linha com as expectativas. O processamento da amêndoa na região teve queda de 17,1% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2024. Já na América do Norte, por outro lado, a moagem avançou 3,2% na mesma base de comparação.
De acordo com avaliação feita pelo site Mercado do Cacau, o avanço da demanda na América do Norte pode estar ligado à recuperação gradual na produção de chocolates premium e sazonais, bem como à melhor adaptação das indústrias ao cenário de custos elevados.
“Algumas empresas conseguiram realocar suas estratégias de compra, aproveitando o arrefecimento parcial dos preços do cacau após o pico histórico do primeiro semestre”, destacou a publicação.
Lucca Bezzon, analista de inteligência de mercado da StoneX, antecipou à reportagem que o avanço da moagem na América do Norte também pode ser explicado pelo aumento da produção no Equador, onde os relatos dão conta de que o país pode superar Gana e se consolidar como segundo maior produtor de cacau do mundo.
Algodão também fechou em baixa
Os preços do algodão caíram na bolsa de Nova York. O contrato com vencimento par dezembro de 2025 ajustou para 64,16 centavos de dólar por libra-peso (-0,19%). Março de 2026 encerrou a sessão cotado a 65,77 centavos de dólar por libra (-0,02%).