O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), retirou a tornozeleira eletrônica, nesta segunda-feira (3/11), após obter autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele usou o monitoramento por quase dois anos.
Cid saiu da audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) já sem a tornozeleira. Ele começa agora a cumprir a pena de dois anos, determinada em razão da participação na trama golpista.
O militar foi julgado em 11 de setembro, com Bolsonaro e outros aliados, no processo que apura a tentativa de golpe de Estado.
Diferentemente de Bolsonaro e de outros condenados, Cid recebeu pena mais branda por ter firmado um acordo de delação premiada, o que resultou em sua condenação a dois anos de reclusão em regime inicial aberto.
Trama golpista
Cid assumiu papel central nas investigações da Operação Kids Pretos. Foi a partir do conteúdo encontrado em seu celular que a Polícia Federal localizou a chamada “minuta do golpe”, documento que deu origem às apurações.
O plano, batizado de “Copa 2022”, previa a intervenção no resultado das eleições presidenciais daquele ano, com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manter Bolsonaro no poder.
Delação premiada
No acordo de delação firmado com o STF em setembro de 2023, Cid confirmou detalhes do plano golpista e apontou os principais articuladores do esquema.
Ele também relatou que Bolsonaro ordenou o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do STF.






                
